Setor imobiliário recupera o otimismo

No Breakfast de hoje: O comportamento (ainda) nervoso do mercado, os últimos lances da corrida presidencial e como os insetos podem resolver a fome mundial. Bom dia e ótima leitura!

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Bloomberg Línea — Bom dia! Este é o Breakfast - o seu primeiro gole de notícias. Uma seleção da Bloomberg Línea com os temas de destaque no mundo dos negócios e das finanças.

O mercado imobiliário brasileiro, pressionado pelos juros elevados, antevê uma melhora nas expectativas para 2023. A aposta na queda na taxa básica de juro (Selic), mantida em 13,75% ao ano pelo Banco Central no última semana, tem favorecido as ações de construtoras e incorporadoras na B3.

Para se ter uma ideia, o índice do setor (IMOB) acumula alta de 8,4% neste mês e de 7,25% no ano, versus um Ibovespa, principal referência da Bolsa, praticamente zerado no mês e com valorização de 4,55% em 2022.

Uma das incorporadoras que sustentam uma visão otimista para o setor é a Gafisa, uma das mais tradicionais do país e entre as maiores no segmento dedicado à alta renda.

2023 vai ser melhor que 2022. Tivemos o aperto monetário e a guerra na Ucrânia. Ainda temos que entender como será o jogo político após a eleição, qual será a sinalização do novo ministro da Economia sobre o teto de gastos ou outra alternativa. Independentemente de quem vença, o Brasil terá de apresentar ao mercado algum nível de responsabilidade fiscal”, disse Henrique Blecher, recém-nomeado CEO da Gafisa, em entrevista à Bloomberg Línea.

Leia mais sobre os planos da Gafisa (com ou sem follow-on) e sua visão sobre o próximo governo

No radar dos Mercados

Os investidores voltam a se resguardar com nova onda de volatilidade e mais um dia de perdas para os principais ativos. O humor se orienta por avisos reiterados de representantes do Federal Reserve (Fed) sobre a necessidade de pulso firme contra a inflação.

🔝 Prêmios nas alturas. O aumento dos prêmios dos títulos da dívida dos Estados Unidos volta a ganhar ímpeto e o bônus com vencimentos em 10 anos superaram os 4% pela primeira vez desde 2008. O presidente do Fed de St. Louis, James Bullard, alertou ontem que o banco central precisa continuar a aumentar os juros para manter a sua credibilidade.

🏮 Japão em foco. Além da política monetária agressiva dos bancos centrais mundiais, o movimento no mercado de dívida também se justifica por rumores de que o Japão tenha de vender seus títulos norte-americanos para defender a própria moeda. O Banco do Japão já vem atuando na compra de ienes para proteger a divisa japonesa das distorções em relação à disparada do dólar.

💸 O céu é o limite. O dólar volta a se apreciar e as preocupações com o recuo de outras divisas globais se sustentam enquanto a Casa Branca descarta um acordo entre as principais economias para conter as distorções. O diretor do Conselho Econômico Nacional da Casa Branca, Brian Deese, negou um novo acordo como o adotado em 1985 para este fim. Pouco antes, a secretária do Tesouro, Janet Yellen, sinalizou que não vê motivos para preocupações com a atual trajetória dos mercados financeiros.

🔥 Gás inflamável. As preocupações com o setor de energia aumentam e os preços do gás disparam em plena luta global contra a inflação. Após a Rússia ameaçar cortar o gás para os aliados da Ucrânia na Europa, os vazamentos no gasoduto Nord Stream entre a Rússia e a Europa Ocidental foram rotulados como sabotagem por autoridades americanas e alemãs. A tensão aumenta com o regime de Vladimir Putin em um momento em que a necessidade do gás para o inverno é premente.

→ A análise completa você lê no Radar dos Mercados

🟢 As bolsas ontem: Dow Jones Industrials (-0,43%), S&P 500 (-0,21%), Nasdaq Composite (+0,25%), Stoxx 600 (-0,13%), Ibovespa (-0,68%)

As bolsas de valores norte-americanas voltaram a cair depois que dirigentes do Fed insistiram que ainda há trabalho a ser feito na luta contra a inflação. O sentimento do mercado também foi atingido pela suposta sabotagem de três ligações de gasodutos Nord Stream, o que poderia intensificar o embate energético entre a Europa e a Rússia. O S&P 500 completou seis sessões consecutivas de baixa, sua maior série de perdas desde fevereiro de 2020.

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Agenda

Esta é a agenda prevista para hoje:

• EUA: Balança Comercial/Ago, Estoques no Varejo e no Atacado/Ago, Vendas Pendentes de Moradia/Ago, Indicadores Imobiliários de Hipotecas e Compras, Estoques de Petróleo Bruto

• Europa: França (Confiança do Consumidor/Set); Itália (Confiança Empresarial/Set, Vendas Industriais/Jul)

• Ásia: Japão (Compra de Títulos Estrangeiros e Investimento Estrangeiro em Ações)

• América Latina: Brasil (Índice de Emprego/Ago, Índice de Preços ao Produtor/Ago, Empréstimos Bancários/Ago)

• Bancos centrais: Discursos Jerome Powell (presidente do Fed), Charles Evans, Mary Daly e Raphael Bostic (Fed), além de Jon Cunliffe e Swati Dhingra (BoE) e de Christine Lagarde (presidente do BCE)

📌 Para a semana:

Quinta: EUA (PIB, Pedidos de Seguro-Desemprego, Loretta Mester e Mary Daly, do Fed, falam em eventos separados); Zona do Euro (Confiança Econômica, Confiança do Consumidor); Alemanha (IPC)

Sexta: EUA (Renda do Consumidor, Sentimento do Consumidor da Universidade de Michigan, Discursos de Lael Brainard (vice-presidente do Fed) e de John Williams (Fed de NY); Reino Unido (PIB); China (PMI); Zona do Euro (IPC, Taxa de Desemprego)

Destaques da Bloomberg Línea

Briga do Fed contra inflação está longe do fim e há pouca margem para erro

Na disputa entre Getnet e Nubank, entenda a queda nas ações de fintechs

• Lula chega a 46% e Bolsonaro mantém 33%, diz Genial/Quaest

E mais na versão e-mail do Breakfast:

• Também é importante: • Fundador da Netshoes: como a era digital chegou ao conserto do carro • Por que o mercado avalia que a Opep+ deveria conter a queda do petróleo • Fitch aponta cenário desafiador para empresas brasileiras depois da eleição

• Opinião Bloomberg: O mercado está ainda mais instável para os investidores

• Pra não ficar de fora: Como insetos poderiam resolver a fome mundial?

⇒ Essa foi uma amostra do Breakfast, que na versão completa inclui muitas outras notícias de destaque do Brasil e do mundo.

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Edição: Michelly Teixeira, News Editor | Europe