Bloomberg Línea — O dólar avançava nesta terça-feira (30), em uma sessão de tentativa de recuperação das bolsas globais após forte liquidação em Wall Street e na Europa nas duas sessões anteriores.
Por aqui, o Ibovespa (IBOV) tentou acompanhar o otimismo externo, mas cedeu em meio à queda de commodities como o minério de ferro e o petróleo, com traders avaliando possíveis interrupções na oferta, incluindo a possibilidade de um corte na produção da Opep+.
O movimento contribuía para a queda das ações de blue chips com grande peso no índice, como as da mineradora Vale (VALE3), que recuavam 2,3% por volta das 11h (horário de Brasília). Também recuavam as ações da Petrobras (PETR3; PETR4), com baixas de 3,8% (ON) e 2,45% (PN).
Em Wall Street, as bolsas amenizaram as altas vistas antes da abertura e passaram a oscilar entre perdas e ganhos.
Confira o desempenho dos mercados nesta terça-feira (30):
- Por volta das 11h (horário de Brasília), o Ibovespa recuava 0,44%, aos 111.809 pontos;
- O dólar à vista subia 0,66%, a R$ 5,06;
- Entre os contratos de juros futuros, o DI para 2025 recuavam cinco pontos base, a 12,08%;
- Nos EUA, os índices futuros oscilavam: o Dow Jones cedia 0,05%, o S&P 500, 0,14%, enquanto o Nasdaq subia 0,06%;
- Na Europa, as bolsas operavam em alta, em sua maioria. O índice Dax, da Alemanha, subia cerca de 1,5%, por exemplo.
Cenário externo
As bolsas buscam uma retomada nos Estados Unidos e na Europa após sessões de cautela após as afirmações do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, de que o banco central americano vai continuar elevando as taxas de juros nos EUA de forma a conter a inflação.
Na Zona do Euro, a confiança econômica caiu para seu nível mais baixo mais de um ano. A inflação alemã acelerou para uma alta histórica, reforçando os pedidos de um aumento maior da taxa de juros quando o Banco Central Europeu (BCE) se reunir na próxima semana.
O membro do Conselho do BCE, Klaas Knot, disse que a autoridade monetária deverá continuar aumentando as taxas de juros rapidamente, já que a inflação no bloco monetário provavelmente permanecerá elevada no futuro próximo.
-- Com informações da Bloomberg News
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