É hora de comprar ações na baixa?

Também no Breakfast: Mercados recuperam fôlego após pior pregão para as bolsas americanas desde junho; petróleo e outras commodities sobem; investidores seguem atentos a dados econômicos da indústria

Tempo de leitura: 3 minutos

Bloomberg Línea — Bom dia! Este é o Breakfast - o seu primeiro gole de notícias. Uma seleção da Bloomberg Línea com os temas de destaque no mundo dos negócios e das finanças.

Traders que tentaram aproveitar o impulso mais recente das ações de tecnologia nos Estados Unidos viram suas apostas azedar rapidamente à medida que o rali nos mercados americanos se dissipa.

📊 Na semana passada, investidores colocaram cerca de US$ 3,2 bilhões no fundo de índice (ETF) Invesco QQQ Trust Series 1, um fundo passivo negociado em bolsa que acompanha o Nasdaq 100. Foi a maior entrada semanal desde dezembro. Mas o fundo caiu 2,3% e quebrou uma sequência de quatro semanas de ganhos.

O rali desse ETF, que segue o benchmark de ações de tecnologia, foi estimulado pelas expectativas do mercado de aumentos mais lentos dos juros. A visão, contudo, perdeu força depois que os formuladores de política monetária do Federal Reserve alertaram que a taxa básica vai continuar subindo.

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Esta não é a primeira vez que os traders fazem apostas que erram o timing de entrada e saída. Investidores retiraram US$ 2,6 bilhões líquidos do fundo em 27 de julho, o maior resgate diário em cinco meses, e o ETF logo depois subiu 8,6% para seu pico recente em meados de agosto.

⚠️ A cautela e a volatilidade seguem ditando o rumo dos mercados enquanto investidores aguardam novas sinalizações do presidente do Fed, Jerome Powell, sobre seus próximos passos na condução da política monetária.

⇒ Leia mais sobre market timing: Hora de comprar na baixa? Aposta em ações de techs gera perda de bilhões

Na trilha dos Mercados

Depois de uma segunda-feira de queda massiva, os mercados globais iniciam esta terça com altas tímidas, com foco nas commodities. Na Ásia, a contaminação do pior pregão desde junho dos EUA levou os principais índices a fecharem no vermelho. Nesta manhã, no entanto, os futuros americanos subiam, enquanto as principais bolsas europeias oscilavam. Os investidores estão calibrando as expectativas de crescimento para o mundo à medida que a inflação global parece sair dos picos.

⬇️ Atividade em queda. A atividade econômica da Zona do Euro caiu pelo segundo mês consecutivo, sinalizando que os temores de uma recessão já podem estar se concretizando. Embora a queda de agosto tenha sido impulsionada pela indústria, a recuperação pós-covid de serviços como turismo quase parou, com consumidores tendo que enfrentar a alta inflação.

👀 Olhos em Powell. As apostas que o Fed manterá sua postura agressiva atingiram nível recorde em um setor chave do mercado de derivativos. Houve um salto nas posições vendidas em contratos futuros da Secured Overnight Financing Rate (SOFR), que devem gerar ganhos se o presidente do Fed Jerome Powell descartar um abrandamento da política monetária no simpósio anual da autoridade monetária em Jackson Hole esta semana.

🛢️ Petróleo em alta. O petróleo subia para cerca de US$ 91 o barril depois que a Arábia Saudita disse que a Opep+ pode ser forçada a cortar a produção para estabilizar o mercado. A volatilidade “extrema” e a falta de liquidez mostram futuros cada vez mais desconectados dos fundamentos, disse o ministro do Petróleo do país, príncipe Abdulaziz bin Salman.

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🟢 As bolsas na sexta-feira: Dow Jones Industrials (-1,91%), S&P 500 (-2,14%), Nasdaq Composite (-2,55%), Stoxx 600 (-0,96%), Ibovespa (-0,89%)

Os mercados tiveram uma sessão de perdas nesta segunda, com investidores à espera do simpósio anual de Jackson Hole, na sexta. Nos Estados Unidos, as ações tiveram sua pior queda em dois meses, após uma alta que levou o S&P 500 ao seu melhor início de terceiro trimestre desde 1932.

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No radar

Esta é a agenda prevista para hoje:

EUA: PMI (julho), vendas de casas novas (julho), Índice de Manufatura Fed Richmond (julho), Estoques de Petróleo Bruto (semanal)

Europa: Zona do Euro: PMI, índice de confiança do consumidor, Alemanha: PMI

América Latina: Argentina: Atividade Econômica

Balanços: Macy’s, Nordstrom e Dick’s Sporting Goods

Destaques da Bloomberg Línea

Madero: expansão de risco com dívida perto de R$ 1 bilhão e caixa de R$ 40 milhões

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• Também é importante: • Wall Street vê setembro fraco para emissões de emergentes • BTG/FSB: Bolsonaro tem 36% e fica 9 pontos atrás de Lula • TC oferece recompensa de R$ 500 mil para identificar autor de vídeo anônimo

• Opinião Bloomberg: Como a iniciativa privada pode te levar a Vênus

• Pra não ficar de fora: China pune 27 funcionários por desenhos de livros escolares considerados ‘feios’

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Edição: Ana Carolina Siedschlag, editora-sênior para o Brasil, e Mariana d’Ávila, repórter de mercados para o Brasil