Ibovespa sobe e destoa de NY enquanto investidores digerem nova alta da Selic

Banco Central elevou a taxa básica em meio ponto percentual, para 13,75% ao ano, na quarta-feira (4) para tentar conter a alta da inflação

Painel de cotações da B3
04 de Agosto, 2022 | 11:51 AM

Bloomberg Línea — O Ibovespa (IBOV) avança nesta quinta-feira (4), na contramão de Wall Street, que cai diante do aumento das preocupações com uma recessão global.

Por volta das 11h50 (horário de Brasília), o principal índice de renda variável da Bolsa brasileira subia cerca de 1,3%, enquanto o dólar recuava, negociado a R$ 5,26.

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No âmbito doméstico, os investidores digerem a elevação da taxa Selic, para 13,75% ao ano, bem como a sinalização do Banco Central de um novo aumento de menor magnitude na reunião de setembro, na contramão das expectativas de parte do mercado. Segundo economistas, a alta na taxa básica no próximo mês pode ser de 0,25 ponto percentual, de forma a encerrar o ciclo de aperto.

No exterior, o destaque fica com a notícia de que o Banco da Inglaterra (BOE) implementou sua maior alta de juros em 27 anos e alertou que o Reino Unido caminha para mais de um ano de recessão sob o peso de uma inflação crescente. Juntamente com a decisão, o BOE também apresentou seus planos para reduzir sua enorme carteira de títulos públicos que acumulou durante a crise.

A tensão entre Estados Unidos e China permanece entre as incertezas que obscurecem as perspectivas. Taiwan se preparou para que os militares chineses começassem a disparar em exercícios realizados ao redor da ilha em resposta à visita da presidente da Câmara dos EUA, Nancy Pelosi.

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Confira o desempenho dos mercados nesta quinta-feira (4):

  • Por volta das 11h50 (horário de Brasília), o Ibovespa subia 1,35%, aos 105.178 pontos;
  • O dólar à vista cedia 0,49%, negociado a R$ 5,26;
  • Entre os contratos de juros futuros, o DI para 2025 recuava 21 pontos base, a 12,26%;
  • Nos EUA, os índices recuavam: o Dow Jones cedia 0,37%, o S&P 500 caía 0,30%, enquanto o Nasdaq tinha baixa de 0,30%;
  • Na Europa, o movimento também era de alta: o índice Dax, da Alemanha, por exemplo, subia cerca de 0,5%.

-- Com informações da Bloomberg News

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Mariana d'Ávila

Editora assistente na Bloomberg Línea. Jornalista brasileira formada pela Faculdade Cásper Líbero, especializada em investimentos e finanças pessoais e com passagem pela redação do InfoMoney.