Bloomberg Línea — O Ibovespa (IBOV) avança nesta quinta-feira (4), na contramão de Wall Street, que cai diante do aumento das preocupações com uma recessão global.
Por volta das 11h50 (horário de Brasília), o principal índice de renda variável da Bolsa brasileira subia cerca de 1,3%, enquanto o dólar recuava, negociado a R$ 5,26.
No âmbito doméstico, os investidores digerem a elevação da taxa Selic, para 13,75% ao ano, bem como a sinalização do Banco Central de um novo aumento de menor magnitude na reunião de setembro, na contramão das expectativas de parte do mercado. Segundo economistas, a alta na taxa básica no próximo mês pode ser de 0,25 ponto percentual, de forma a encerrar o ciclo de aperto.
No exterior, o destaque fica com a notícia de que o Banco da Inglaterra (BOE) implementou sua maior alta de juros em 27 anos e alertou que o Reino Unido caminha para mais de um ano de recessão sob o peso de uma inflação crescente. Juntamente com a decisão, o BOE também apresentou seus planos para reduzir sua enorme carteira de títulos públicos que acumulou durante a crise.
A tensão entre Estados Unidos e China permanece entre as incertezas que obscurecem as perspectivas. Taiwan se preparou para que os militares chineses começassem a disparar em exercícios realizados ao redor da ilha em resposta à visita da presidente da Câmara dos EUA, Nancy Pelosi.
Confira o desempenho dos mercados nesta quinta-feira (4):
- Por volta das 11h50 (horário de Brasília), o Ibovespa subia 1,35%, aos 105.178 pontos;
- O dólar à vista cedia 0,49%, negociado a R$ 5,26;
- Entre os contratos de juros futuros, o DI para 2025 recuava 21 pontos base, a 12,26%;
- Nos EUA, os índices recuavam: o Dow Jones cedia 0,37%, o S&P 500 caía 0,30%, enquanto o Nasdaq tinha baixa de 0,30%;
- Na Europa, o movimento também era de alta: o índice Dax, da Alemanha, por exemplo, subia cerca de 0,5%.
-- Com informações da Bloomberg News
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