Bloomberg — A terça-feira começa com os mercados repercutindo positivamente os sinais de flexibilização na China, que começa a relaxar suas rígidas medidas para conter o coronavírus no país. No Brasil, o novo presidente da Petrobras deve ser empossado ainda hoje, e o dia reserva uma agenda de dados agitada.
1. Abertura da China
A China nunciou que vai reduzir pela metade o tempo que turistas terão que passar em quarentena na chegada ao país. Além disso, o presidente Xi Jinping deve viajar pela primeira vez desde janeiro de 2020, ao visitar Hong Kong ainda nesta semana. Com isso, os mercados reagiram de forma positiva aos sinais de flexibilização, com o índice CSI 300 fechando em alta de 1%. Os futuros também avançam, assim como os metais industriais, como o cobre.
2. Ataque com mísseis
Um ataque com mísseis russos a um centro comercial na região central da Ucrânia deixou pelo menos 18 mortos e dezenas de feridos, de acordo com autoridades locais. Líderes do G7 chamaram o ataque de “crime de guerra”, e concordaram que querem que os ministros discutam e avaliem com urgência como os preços do petróleo e do gás russos podem ser contidos para limitar as receitas que vão para Moscou.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, conversou com o G7 e disse que espera que a guerra termine até o final do ano, segundo autoridades familiarizadas com o assunto.
3. Petrobras
O nome de Caio Paes de Andrade foi aprovado na segunda-feira (27) pela maioria dos integrantes do conselho da Petrobras como novo presidente da estatal. Ele toma posse ainda hoje e seu mandato segue até abril de 2023. No mercado futuro em Nova York, os ADRs da estatal registravam alta de 2,48% perto das 8h50 no horário de Brasília. Paes de Andrade é visto como uma pessoa de confiança do ministro da Economia, Paulo Guedes, e como alguém que consulta especialistas em determinados assuntos sempre que necessário, segundo duas pessoas familiarizadas com o assunto.
4. Futuros em alta
Na Europa, os principais índices operavam em alta e as ações subiam no começo da manhã desta terça-feira, diante da volatilidade do sentimento de risco global. Mineração e energia foram os setores com melhor desempenho dentro do Stoxx 600, enquanto o euro ganhava tração à espera dos dados de inflação europeia, e o dólar registrava ganhos modestos. Os títulos do Tesouro caíram com o rendimento de referência de 10 anos próximo de 3,23%. Os dólares canadenses e australianos vinculados a commodities foram os mais fortes entre as moedas do G10.
Já os futuros do petróleo aumentaram seus ganhos e o WTI subiu mais de 1%, voltando a ser negociado acima de US$ 111. O bitcoin voltou a subir, e ultrapassou o patamar de US$ 21 mil.
5. Também hoje...
A agenda de dados econômicos de hoje promete ser agitada, começando com a balança comercial de mercadorias de maio, e os estoques preliminares de atacado de maio, às 9h30 no horário de Brasília. No mesmo horário, saem os dados de empréstimos bancários do Brasil, que medem a mudança no valor total dos empréstimos bancários pendentes para consumidores e empresas. Na sequência, às 10h00, saem os dados de habitação de abril da FHFA e S&P CoreLogic Case-Shiller, dos EUA.
Os números de confiança do consumidor de junho do Conference Board e do Richmond Fed Manufacturing Index devem ser divulgados às 11h. Os comentários dos bancos centrais virão principalmente da Europa, e o Fórum do BCE continua ao longo do dia. Mary Daly, do Fed, será entrevistada durante um evento às 12h30. A emissão de títulos inclui US$ 40 bilhões em notas de 7 anos, às 14h00.
– Esta notícia foi traduzida por Melina Flynn, Content Producer da Bloomberg Línea.
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