Por que alguns líderes foram excluídos por Biden da Cúpula das Américas

Evento que ocorrerá nesta semana em Los Angeles abordará questões econômicas, de saúde e segurança alimentar na região

Cúpula poderá perder ainda mais delegações com exclusão de países pelo governo americano
Por Eric Martin
06 de Junho, 2022 | 12:30 PM

Bloomberg — O governo de Joe Biden tomou a decisão final de não convidar os governos de Cuba, Venezuela e Nicarágua para a Cúpula das Américas nesta semana, apesar de pedidos do presidente do México para que ele incluísse todos os países ou não contasse com a presença do mexicano.

A decisão segue semanas de discussões com governos da América Latina e do Caribe, inclusive o do México, segundo pessoas a par das deliberações, que pediram anonimato porque não estão autorizadas a falar publicamente sobre o assunto.

A escolha dos Estados Unidos em restringir a presença na cúpula sediada pelo presidente Joe Biden em Los Angeles reflete as preocupações com a falta de democracia e respeito aos direitos humanos nos três países, disseram as fontes. Representantes não governamentais das três nações poderão participar de fóruns, em uma tentativa de apoiar as aspirações democráticas de seus cidadãos, disseram as pessoas.

A assessoria de imprensa da Casa Branca não quis comentar.

PUBLICIDADE

O presidente mexicano Andrés Manuel López Obrador vem dizendo há semanas que não iria à cúpula a menos que fossem convidados representantes de todos os governos do hemisfério ocidental, incluindo os autoritários. Os EUA se recusaram, citando seus históricos antidemocráticos, mas continuaram a discutir a questão com o México. Por sua vez, os líderes de outras nações, incluindo Guatemala e Honduras, disseram que também podem faltar à cúpula.

Entre os líderes da região esperados estão o presidente brasileiro Jair Bolsonaro, o argentino Alberto Fernández e o colombiano Ivan Duque. Se López Obrador faltar à cúpula, o chanceler mexicano Marcelo Ebrard representaria o país.

A delegação do governo Biden incluirá a vice-presidente Kamala Harris, o secretário de estado Antony Blinken, o secretário de saúde Xavier Becerra, o secretário de segurança nacional Alejandro Mayorkas, a representante comercial dos EUA Katherine Tai e o enviado climático John Kerry, disseram as pessoas.

PUBLICIDADE

As nações trabalham em um pacto para reduzir e gerenciar a migração irregular que anunciarão na cúpula. A declaração faz parte de um foco mais amplo em questões econômicas, de saúde e segurança alimentar que serão discutidas, disseram as pessoas.

Veja mais em Bloomberg.com

Leia também

Mensagem do Fed fica menos clara sobre impactos no mercado financeiro

Focus: Mercado eleva projeções para inflação e vê juros elevados por mais tempo