Ibovespa segue sentimento negativo do exterior e recua nesta segunda; dólar sobe

Mercados monitoram agravamento do surto de covid-19 na China e temores de desaceleração global em meio ao aumento dos juros nos EUA

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Bloomberg Línea — O Ibovespa (IBOV) acompanha o sentimento negativo do exterior e opera em queda na manhã desta segunda-feira (25), com investidores repercutindo o agravamento do surto de covid-19 na China em meio a temores provocados pelo aperto mais rápido do Federal Reserve. Já o dólar avança, negociado a R$ 4,80.

Os temores de restrições mais amplas em Pequim estão assustando os investidores que já estão preocupados com o risco de uma desaceleração global à medida que o Fed aumenta as taxas para controlar a inflação. Um amplo indicador de ações chinesas caiu para o menor nível em quase dois anos, já que os formuladores de políticas colocaram algumas áreas da capital sob lockdown em meio à firme adesão do governo à sua política de “zero covid”.

Em uma sessão de queda para commodities como petróleo e minério de ferro, as ações de empresas ligadas a esses setores caem na B3. É o caso das ações de Petrobras (PETR3; PETR4), que recuavam 1,68% e 2,49%, respectivamente, por volta das 10h20 (horário de Brasília), e de Vale (VALE), que caíam 1,96%.

No quadro internacional, a sessão era de queda para os principais índices globais da Europa e dos futuros dos Estados Unidos. Mike Wilson, do Morgan Stanley, alertou que o S&P 500 está prestes a cair acentuadamente, enquanto os investidores lutam para encontrar refúgios em meio a temores de que uma ação agressiva do Fed possa gerar uma recessão.

Em nota nesta segunda-feira, os estrategistas do Morgan Stanley disseram que um Fed em rápida contração está olhando “direto para os dentes de uma desaceleração” e que as ações defensivas já não pagam mais.

Confira o desempenho dos mercados nesta segunda-feira (25):

  • Por volta das 10h20 (horário de Brasília), o Ibovespa (IBOV) recuava 1,17%, negociado aos 109.772 pontos;
  • O dólar à vista subia 0,53%, negociado a R$ 4,82;
  • Entre os contratos de juros futuros, o DI para 2025 recuava três pontos-base, a 12,10%;
  • Nos EUA, os índices futuros apontavam para uma sessão de queda: o futuro do Dow Jones cedia 0,42%, o do S&P 500 recuava 0,45% e o Nasdaq caía 0,43%;
  • Na Europa, os mercados também caíam: o CAC-40, de Paris, por exemplo, recuava 1,32%;

-- Com informações da Bloomberg News

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