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Metaverso é a porta de entrada para novo modelo de e-commerce

Possibilidade de ofertar produtos em ambiente virtual com a comodidade da compra online e opção de avaliar itens de perto renova as oportunidades para o varejo eletrônico

Consumo de produtos com ajuda da tecnologia de realidade virtual aumentada é a nova fronteira do comércio eletrônico
Tempo de leitura: 3 minutos

Por Gino Matos para Mercado Bitcoin

São Paulo — O metaverso tem se tornado popular por criar uma imersão em um mundo virtual onde barreiras geográficas inexistem, onde é possível ir a qualquer lugar, como parques, escritórios, festas e lojas. Pela exposição global e capacidade de interagir visualmente com pessoas e bens de consumo, grandes empresas, como Nike, Adidas, Dolce & Gabbana, dentre outras, estão apostando nessa nova tendência.

A entrada de grandes companhias e a capacidade de visualização de produtos em realidade aumentada pode transformar o metaverso em uma avenida para o e-commerce 2.0. “Atualmente, são bastante eficientes as iniciativas de e-commerce de web 2.0, como a da Amazon. Eventualmente, esse sucesso também deve migrar para soluções como o metaverso”, diz Yulgan Lira, fundador e CEO da Colb, empresa de serviços financeiros com sede na Suíça.

Unindo a comodidade das compras online com a opção de avaliar o item de perto, ainda que virtualmente, uma nova forma de consumo por meio da internet pode ganhar tração. A Amazon, gigante do varejo mencionada por Lira, já conta, desde 2020, com o Room Decorator. Trata-se de um aplicativo de realidade aumentada por meio do qual itens de decoração são transportados para um ambiente físico, como na imagem abaixo.

Metaverso é a porta de entrada para novo modelo de e-commerce

Segundo relatório publicado em novembro de 2021 pela gigante de serviços financeiros Morgan Stanley, os fabricantes de produtos de luxo podem ter um aumento de receita de 50 bilhões de euros, uma taxa de crescimento de 10%, com o metaverso até 2030. O valor representa 12% dos 415 bilhões de euros que especialistas esperam que o mercado de produtos de luxo atinja até lá.

Novas oportunidades para empresas

A relação entre e-commerce e metaverso, onde as compras são quase físicas, pode abrir novas portas para empresas que decidirem participar desse mundo virtual. A construção de comunidades mais fortes e engajadas é uma das possíveis vantagens dessa relação, desde que não replique os moldes atualmente utilizados no comércio online.

“O metaverso precisa trazer ambientes de vivência, relacionamento e entretenimento para gerar engajamento”, ressalta Lira. “Os avatares devem ter liberdade para exercer suas personalidades em âmbito online.” O CEO da Colb completa afirmando que a simples construção de um mercado virtual com produtos à mostra não será mais efetiva do que os modelos atuais aplicados nas compras online.

A jornalista Adriana Mattos, em publicação recente no jornal Valor Econômico, citou consultores que estão deixando de acreditar no formato atual de vendas online, que tem ficado ultrapassado sobretudo para as gerações Z e Alpha de consumidores. “É nesse vácuo que o metacomércio [comércio eletrônico dentro do metaverso] quer avançar”, comenta Adriana.

Outra vantagem está relacionada à linha de produção das empresas, sendo especialmente válida para aquelas que produzem artigos de luxo. Lira acredita no uso do metaverso como uma área de testes para novos produtos e coleta de feedback dos consumidores.

“O comportamento do usuário é uma das ferramentas mais poderosas para direcionar a estratégia de marketing das empresas de e-commerce. Por exemplo, uma marca de tênis poderia testar diferentes modelos inicialmente no metaverso para, depois, implementar o produto em ambiente industrial. Isso diminuiria os custos de falha do lançamento de um produto novo”, avalia.

Blockchain primeiro

Embora a utilidade do metaverso para os marketplaces e empresas esteja ganhando contornos, na visão de Lira os primeiros espaços dedicados ao e-commerce serão utilizados para os bens criados já em tecnologia blockchain.

“Inicialmente, acredito que as transações relacionadas ao e-commerce no metaverso têm grande potencial para itens já digitais, como NFTs e outros tokenizados”, diz, avaliando que as compras de produtos físicos no espaço virtual serão feitas não agora, mas em um futuro próximo.

Grande potencial ainda em fase experimental

Aproveitando as perspectivas para o mercado de luxo, redes como Carrefour já exploram o potencial da exposição no meio digital. Em novembro de 2021, o grupo francês lançou um mapa no jogo Fortnite para “estimular a alimentação saudável e o desenvolvimento sustentável”.

Questionado sobre o uso do metaverso para comercializar produtos online, o Carrefour disse que “ainda está estruturando e amadurecendo internamente essa questão”. Já a Amazon, por meio de sua assessoria, preferiu não se manifestar.

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