Bloomberg Línea — Puxado pelo movimento das commodities, que têm queda nesta segunda-feira (14), e seguindo o desempenho de índices americanos, o Ibovespa (IBOV) opera no campo negativo nesta tarde, destoando das bolsas europeias.
- Por aqui, as ações da Vale (VALE3) tinham forte queda, da ordem de 5,3% por volta das 15h, horário de Brasília, após os contratos de minério de ferro na China registrarem baixa de cerca de 7%.
- Também cediam na Bolsa brasileira nesta segunda os papéis das petroleiras PetroRio (PRIO3), com baixa de cerca de 6%, e Petrobras (PETR3; PETR4), que recuavam 1,6% e 2,1%.
O petróleo tem queda da ordem de 6% nesta segunda, com o tipo WTI chegando a operar abaixo dos US$ 100 o barril e o petróleo tipo Brent próximo dos US$ 105, em meio a negociações entre Ucrânia e Rússia e também, com temor em relação às restrições na China, a maior importadora da commodity do mundo.
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No lado dos ganhos, a incorporadora JHSF (JHSF3) tinha alta de 5,6%. Também subiam as ações de bancos como Santander (SANB11), com ganhos de 4,2%, Itaú Unibanco (ITUB4), com alta de 1,6%, e Bradesco (BBDC4), que avançava 1,2% na B3.
Confira o desempenho dos mercados nesta segunda-feira (14), por volta das 15h (horário de Brasília):
- O Ibovespa tinha queda de 1,44%, aos 110.103 pontos;
- O dólar à vista subia 0,84%, a R$ 5,12;
- No mercado de juros futuros, o DI com vencimento em 2025 subia seis pontos-base, a 12,64%;
- O Bitcoin (BTC) tinha alta de 0,57%, aos US$ 38.925;
- Nos EUA, o Dow Jones cedia 0,21%, o S&P 500 recuava 0,76%, enquanto o índice da Nasdaq tinha queda de 1,86%;
- Na Europa, o movimento era de alta para os principais índices acionários. Destaque para o Dax, da Alemanha, que subia 2,2%;
Vale lembrar que começou ontem o horário de verão nos Estados Unidos e que a partir desta segunda (14) a B3 retoma o horário de negociação até as 17h.
Todos os olhos na “Super Quarta”
Nos mercados, as atenções recaem sobre os encontros do Comitê de Política Monetária (Copom), no Brasil, e do Federal Open Market Committee (Fomc), nos Estados Unidos, para decidir o rumo da taxa básica de juros nos dois países.
A expectativa é de alta das taxas, em um cenário de forte pressão inflacionária, pressionada ainda pela valorização do petróleo e demais commodities ao redor do mundo em meio à guerra na Ucrânia e sanções à Rússia.
Por aqui, o relatório Focus, do Banco Central, mostrou expectativas mais elevadas para a inflação e para a taxa Selic este ano: as estimativas para o IPCA em 2022 foram elevadas pela nona semana, de 5,65% para 6,45%, enquanto as para a taxa básica de juros subiram de 12,25% para 12,75% em dezembro.
Para esta quarta, o mercado estima aumento de um ponto-percentual na Selic, para 11,75% ao ano.
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