Petrobras anuncia nova alta de 6,5% para gasolina; diesel sobe 8,3%

Anúncio feito nesta segunda-feira (25) leva em conta ‘demanda atípica’ recebida pela estatal em novembro

Preços da gasolina interferem fortemente na inflação
25 de Outubro, 2021 | 11:50 AM

Bloomberg Línea — A Petrobras anunciou nesta segunda-feira (25) um reajuste de 6,5% nos preços da gasolina e de 8,3% do diesel em suas refinarias. Segundo a empresa, o litro da gasolina vendida nas refinarias vai de R$ 2,98 para R$ 3,19 por litro, refletindo reajuste médio de R$ 0,21 por litro. Já o diesel passará de R$ 3,06 para R$ 3,34 por litro, refletindo reajuste médio de R$ 0,28 por litro.

Estes valores não levam em consideração ainda a incidência de impostos federais e estaduais, custos de frete e lucro de distribuidoras e da revenda final ao consumidor. No comunicado, a estatal afirmou que estes reajustes são “especialmente relevantes no momento que vivenciamos, com a demanda atípica recebida pela Petrobras para o mês de novembro de 2021″.

Veja mais: Falta de navios para carregar GNL pode agravar crise de energia

POR QUE ISSO É IMPORTANTE: O preço voltou a subir porque a estatal vem praticando a política de paridade com os preços internacionais do petróleo – que está em alta. Essa política é elogiada por investidores porque mostra a independência da estatal com relação às influências políticas do controlador, que é o governo, mas suscita críticas no mundo político.

PUBLICIDADE

Os combustíveis vêm sendo um vetor da inflação. Segundo os dados do IPCA divulgados no início do mês, combustíveis subiram 2,43% em setembro, influenciados, pela gasolina (2,32%) e o etanol (3,79%).

Em 12 meses, a gasolina já aumentou 39,60% e o etanol, 64,77%. Também subiram no mês o gás veicular (0,68%) e o óleo diesel (0,67%), segundo o IBGE.

Lá fora, o petróleo avançava acima de US$ 85 o barril nesta segunda-feira depois que a Arábia Saudita afirmou que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados devem manter a abordagem cautelosa para administrar o fornecimento global de petróleo bruto, dada a ameaça à demanda ainda representada pela pandemia.

PUBLICIDADE

Leia também: Aviões comerciais ficam ainda mais próximos de voar com etanol