São Paulo — Os mercados globais, incluindo a bolsa brasileira, iniciaram a semana com fortes perdas diante de um cenário desafiador, com uma série de pressões negativas. Receios sobre os rumos da inflação em diversas economias do mundo, além da escassez global de produtos, possíveis impactos da crise energética perturbaram investidores do mundo inteiro. Uma reportagem divulgada no último domingo (3) citando personalidades ligados a empresas offshore em paraísos fiscais, entre elas o ministro Paulo Guedes e Roberto Campos Neto, trouxeram mais tensões para a cena doméstica.
- A bolsa caiu mais de 2%, em linha com os principais índices de Nova York. A alta dos rendimentos dos Treasuries puxou para baixo as ações de tecnologia. Por aqui, as ações da Petrobras foram as únicas que registraram altas de mais de 1%, favorecidas pela alta do petróleo
- O dólar devolveu a queda da última sessão da semana passada, com o clima externo ruim. Os juros futuros subiram, na esteira da alta dos Treasuries.
O caos tecnológico piorou o cenário. No início da tarde, as principais plataformas de redes sociais, Whatsapp, Facebook e Instagram, começaram a apresentar instabilidades em seus sistemas, que já duram quase 5 horas, afetando usuários do mundo inteiro. O acontecimento fez com que as ações do Facebook registrassem perdas de mais de 5%, intensificando a queda do índice Nasdaq, em Nova York. O papel fechou em queda de 4,89%.

- Câmbio: Perto das 17h30, o dólar operava em alta de 1,53% a R$ 5,44
- Bolsa: O Ibovespa fechou em queda de 2,22%, a 110.393 pontos
- As ações do Banco Inter (BIDI11 e BIDI4), Banco Pan (BPAN4) e Americanas SA (AMER3) lideraram as perdas percentuais. Petrobras (PETR4 e PETR3), JBS (JBSS3) e Marfrig (MRFG3) foram destaques positivos
- Juros: O DI com vencimento para janeiro de 2023 subiu de 9,130% para 9,205%, enquanto a taxa para janeiro de 2027 foi de 10,52% para 10,61%
- Exterior: Em Nova York, os principais índices fecharam em queda. O Dow Jones caiu 0,94%, o S&P 500 1,30%, e o Nasdaq 2,14%
- Bitcoin: Por volta das 17h30, a criptomoeda operava em alta de 0,85%, a US$ 49.322
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