Tokenização reduz custo de investimentos para pessoas físicas

Tecnologia divide os ativos em frações, comercializadas como tokens, que assim ficam mais acessíveis

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Por Gino Matos para Mercado Bitcoin

São Paulo — A tokenização tem permitido criar uma ponte entre o mercado financeiro tradicional e o emergente mercado online. O processo consiste em fracionar ativos com alto valor de entrada e comercializar as frações no formato digital, chamadas de tokens, reduzindo o custo do investimento para o investidor de varejo.

Um exemplo é o ReitBZ, emitido pelo BTG Pactual, maior banco de investimentos da América Latina. O ReitBZ é lastreado em imóveis brasileiros, divididos em tokens para facilitar seu uso por quem busca oportunidades de ganho no mercado imobiliário. É válido ressaltar que o token foi o primeiro do mundo a pagar dividendos aos seus investidores.

“Emitimos o ReitBZ em maio de 2019 e, no ano passado, pagamos dividendos duas vezes ao longo do ano. A adesão foi em linha com nossas expectativas para um projeto inovador que foi oferecido apenas em algumas jurisdições internacionais”, conta André Portilho, sócio e head de Digital Assets do BTG Pactual.

Portilho acrescenta que investidores de sete países mostraram interesse no ReitBZ, com a “grande maioria” optando por não negociar o token. O que sinaliza um foco no investimento no longo prazo.

Bruno Milanello, executivo de Novos Negócios do Mercado Bitcoin Digital Assets (MBDA), explica que a tokenização permite o acesso mais amplo a mercados antes restritos devido ao alto investimento inicial requerido. O MBDA foca na tokenização de diferentes ativos tradicionais. É um braço da maior plataforma de criptomoedas da América Latina, o Mercado Bitcoin.

“A tokenização permite mais acessibilidade, mais segurança e mais alternativas para quem quer investir. Não é um mundo à parte. É um mundo que já existia. Só foi aberta uma porta. O caminho é irreversível,” diz Milanello, ressaltando que os investimentos de forma geral podem ser facilitados pelos tokens.

Um exemplo dentre as iniciativas do MBDA envolvendo os mercados digital e tradicional são os tokens de consórcio. O produto é originado a partir de cotas de consorciados que deixaram de pagar as prestações, ou que desistiram do plano, e que têm direito a receber os valores da contribuições feitas. Mas apenas no final do grupo. Muitos optam por vender a cota com desconto no mercado secundário para antecipar o recebimento do valor. As cotas adquiridas pelo MBDA são tokenizadas e o ganho vem do desconto obtido.

Ágil, barata e segura

Quando dois gigantes de seus respectivos ramos na América Latina recorrem à tokenização, questiona-se sobre a escolha por essa ferramenta financeira. O executivo de Novos Negócios do MBDA salienta que o processo de tokenização é rápido e seguro, tendo em vista a natureza imutável da tecnologia blockchain.

O baixo custo na geração de tokens, obtido ao reduzir intermediários, também torna esse instrumento barato para o investidor, que não absorve o impacto de um alto dispêndio de criação. “Os tokens vieram para facilitar os investimentos, com inúmeros mercados que podem utilizá-los na hora de realizar seus processos, tornando-os mais seguros, rápidos e acessíveis”, acrescenta Milanello.

O sócio e head de Digital Assets do BTG Pactual concorda, deixando claro que o banco de investimentos ficou satisfeito com os resultados do ReitBZ e planeja explorar novas possibilidades de tokenização.

“Costuma-se dizer entre as pessoas mais envolvidas com tokenização que tudo que puder ser tokenizado será tokenizado. O potencial é gigante pela própria natureza da tecnologia. De valores mobiliários a obras de arte, passando por imóveis e direitos autorais, tudo pode ser tokenizado. E como a tecnologia é mais eficiente que os instrumentos atuais disponíveis, os ganhos para a economia são muitos. Em breve teremos novidades para o mercado”, diz Portilho.

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