Dona do St. Marche, Eataly e Empório Santa Maria acelera processo de IPO

Depois de prejuízo de R$ 10,4 milhões em 2020, holding Hortus deve aprovar a submissão à CVM ainda esta semana para aderir ao Novo Mercado

Dona do Eataly Brasil, St Marche e Empório Santa Maria se prepara para oferta pública de ações e quer estar listada no Novo Mercado
02 de Agosto, 2021 | 03:59 PM

São Paulo — A Hortus Comércio de Alimentos, que controla as rede de supermercados St. Marche, o Empório Santa Maria e o Eataly Brasil, está seguindo com o plano de abrir capital na bolsa brasileira. Ainda nesta semana, o grupo deve aprovar a submissão dos documentos à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para a realizar a oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), que devem ser listadas no Novo Mercado.

Está agendada para a próxima sexta-feira (6) uma reunião entre representantes do fundo de private equity L. Catterton, Bernardo Ouro Preto e Victor Leal para discutir o assunto e aprovar as mudanças no estatuto social do grupo para fazer as adequações necessárias ao IPO. Na pauta estará a discussão sobre a ampliação do limite do capital social, alteração da composição do Conselho de Administração, criação do cargo de diretor de relações com investidores, entre outros assuntos. As informações foram publicadas no Diário Oficial do Estado de São Paulo desta segunda (2).

No ano passado, a Hortus fechou o ano com um prejuízo líquido de R$ 10,4 milhões devido ao aumento das despesas financeiras, que somaram R$ 67,6 milhões. O resultado, no entanto, foi melhor que em 2019, quando a empresa fehcou com um prejuízo de R$ 37,2 milhões.

Há alguns meses, o atual Conselho de Administração aprovou um plano de investimento em lojas físicas do grupo. A expectativa é adicionar quatro novas lojas à rede, sendo três sob a marca St. Marche e uma do Empório Santa Maria, chegando ao final de 2021 com um total de 25 pontos de venda.

Alexandre Inacio

Jornalista brasileiro, com mais de 20 anos de carreira, editor da Bloomberg Línea. Com passagens pela Gazeta Mercantil, Broadcast (Agência Estado) e Valor Econômico, também atuou como chefe de comunicação de multinacionais, órgãos públicos e como consultor de inteligência de mercado de commodities.