Threads deve garantir à Meta mais US$ 8 bilhões de receita ao ano

Desde que foi lançada na quarta-feira à noite da semana passada, plataforma que busca rivalizar com o Twitter conquistou 100 milhões de usuários

aplicativo poderá gerar quantia significativa de dinheiro para a Meta
Por Subrat Patnaik
10 de Julho, 2023 | 04:50 PM

Bloomberg — Ainda é cedo para confirmar, mas o mais novo aplicativo da Meta Platforms (META), o Threads, poderá gerar uma quantia significativa de dinheiro para a gigante das redes sociais nos próximos anos, de acordo com a Evercore ISI.

Os analistas da Evercore ISI, liderados por Mark Mahaney, estimam que o Threads atingirá cerca de 200 milhões de usuários ativos diários e gerará cerca de US$ 8 bilhões em receita anual nos próximos dois anos.

Isso seria equivalente a algo como 7% das receitas da Meta em 2022, da ordem de US$ 117 bilhões.

A rede social teve um começo considerado acima das expectativas: o novo aplicativo do Instagram, projetado como um concorrente direto do Twitter de Elon Musk, conquistou 100 milhões de usuários desde que a Meta lançou o serviço na última quarta-feira no fim do dia (5).

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Isso representa apenas uma fração da receita anual média de US$ 156 bilhões que os analistas esperam que a Meta gere no ano fiscal de 2025, de acordo com dados compilados pela Bloomberg, mas supera os US$ 5,1 bilhões em vendas e receita que o Twitter obteve em seu último ano completo como empresa pública em 2021.

No ano passado, a Meta superou mais de 3 bilhões de usuários ativos em seus aplicativos de mídia social.

O maior concorrente do Threads, o Twitter, que tem sido alvo de controvérsias desde que Musk o adquiriu no fim do ano passado, tinha 237,8 milhões de usuários em julho de 2022.

O analista Mark Mahaney destacou que está curioso para ver se o Threads conseguirá manter uma taxa de crescimento razoavelmente robusta e manter os usuários engajados sem canibalizar o engajamento nas outras plataformas da Meta, o Facebook e o Instagram. O analista tem uma classificação para as ações da empresa acima da média.

Seu colega da KeyBanc Capital Markets, Justin Patterson, também vê o aplicativo gerando vários bilhões de dólares em receita com publicidade para a empresa, mas “será uma contribuição insignificante a curto prazo, já que a Meta provavelmente se concentrará na adoção em vez da monetização”.

Mark Zuckerberg, que tem sido muito ativo em sua nova plataforma, parece compartilhar dessa visão.

No final da semana passada, ele postou no Threads dizendo “nosso enfoque será o mesmo de todos os nossos outros produtos: fazer o produto funcionar bem primeiro, depois ver se podemos colocá-lo em um caminho claro para alcançar 1 bilhão de pessoas e só então pensar na monetização nesse ponto”.

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As ações da Meta mais do que dobraram este ano e subiram até 2,6% para atingir uma alta de 17 meses nas negociações desta segunda-feira (10). A Meta, juntamente com outras gigantes de tecnologia, tem sido uma das forças motrizes por trás dos ganhos nos índices S&P 500 e Nasdaq em 2023.

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