Bloomberg — A CEO da OnlyFans, Keily Blair, afirmou que a empresa já repassou US$ 25 bilhões a criadores de conteúdo desde sua fundação, em 2016.
“São poucas as companhias que podem dizer que geram riqueza para outras pessoas, em vez de apenas lucrar para si próprias”, disse Blair na terça-feira (21) durante o evento Bloomberg Tech, em Londres.
Com sede na capital britânica, a plataforma permite que criadores ofereçam material por assinatura diretamente aos seus fãs. Embora grande parte do conteúdo seja pornográfico, o site também abriga perfis voltados a temas como condicionamento físico e gastronomia.
Leia também: OnlyFans: como o site se tornou um negócio para criadores de conteúdo adulto
A OnlyFans obtém receita ao reter uma taxa de 20% sobre assinaturas ou sobre qualquer conteúdo vendido na plataforma, como vídeos, fotos e chats.
A popularidade do site disparou durante a pandemia de covid-19, quando muitas pessoas, incluindo trabalhadores do sexo e celebridades, buscaram novas formas de ganhar dinheiro durante os lockdowns.
Blair afirmou à apresentadora da Bloomberg TV Caroline Hyde que a empresa “não é apenas sobre conteúdo adulto, mas sobre conteúdo para adultos”, abrangendo também humor, esportes e culinária.
Ela participou do evento ao lado de Tymal Mills, que em agosto se tornou o primeiro jogador de críquete de renome a firmar parceria com a OnlyFans. Mills disse que muitos atletas na plataforma vêm de esportes com pouca remuneração e estão “encontrando outras formas de pagar as contas”.
A OnlyFans tem avaliado propostas de venda ao longo deste ano. A Bloomberg News noticiou anteriormente que um negócio poderia avaliar a empresa em cerca de US$ 8 bilhões. Mas o processo é complexo, já que a companhia enfrenta preocupações persistentes sobre segurança online e a natureza explícita de parte de seu conteúdo.
Para atrair novos públicos, a plataforma tem recrutado treinadores, humoristas e cantores, buscando ampliar seu alcance.
Ainda assim, o sexo continua sendo o principal motor do negócio. O reservado dono da empresa, Leonid Radvinsky, recebeu dividendos recordes de US$ 497 milhões em 2024 e mais US$ 204 milhões até abril deste ano, segundo registros corporativos divulgados em agosto.
Blair evitou comentar sobre uma possível venda e afirmou apenas que “os próximos cinco anos serão um período interessante para todos nós”.
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