Menos metaverso, mais vida real: a virada de Zuckerberg, US$ 44 bi mais rico

Co-fundador do Facebook colhe os frutos de cortes agressivos de custos na Meta e agora prepara concorrente que quer ganhar mercado e usuários do Twitter de Elon Musk

Mark Zuckerberg, cofundador e CEO do Facebook, hoje parte da Meta: patrimônio em crescimento em 2023 (Foto: George Frey/Bloomberg)
Por Amanda Albright
20 de Maio, 2023 | 08:05 PM

Bloomberg — Mark Zuckerberg apostou tudo no metaverso no ano passado, disposto a gastar o que fosse necessário para dominar o mercado de realidade virtual.

E isso lhe custou muito tempo. E dinheiro. A certa altura, sua riqueza caiu mais de US$ 100 bilhões em relação ao pico – um declínio impressionante para o millennial que, apenas alguns anos atrás, era a terceira pessoa mais rica do mundo.

Mas as coisas mudaram. Até agora neste ano, seu foco tem sido no mundo físico: primeiro cortando custos em sua holding Meta Platforms (META). E agora trabalhando em um concorrente da vida real para o Twitter de Elon Musk.

Os resultados parecem estar valendo a pena. A fortuna de Zuckerberg, que é composta em grande parte por sua participação acionária na Meta, cresceu cerca de US$ 44 bilhões neste ano, o maior valor de qualquer um rastreado pelo Bloomberg Billionaires Index.

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O virada de eficiência de Zuckerberg levou a ação da Meta a ostentar o segundo melhor desempenho deste ano no S&P 500, subindo mais de 100% e elevando seu patrimônio líquido para US$ 89,9 bilhões.

Na sexta-feira (19), a Bloomberg News informou que o Instagram - parte da Meta - planeja lançar um concorrente do Twitter já no próximo mês. O aplicativo baseado em texto está sendo testado com celebridades e influenciadores, disseram pessoas com conhecimento do assunto.

A Meta tem mais chances de obter participação de mercado que era ou está com o Twitter do que seus pares menores, disseram Mandeep Singh e Damian Reimertz, analistas da Bloomberg Intelligence.

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“A Meta pode ser desafiada a trazer usuários do Twitter para sua plataforma”, disseram eles em nota, mas “pode ser uma ameaça para o Twitter, cujo engajamento provavelmente foi prejudicado ao cobrar de seus usuários pesados uma taxa de assinatura mensal”.

As perspectivas de receita da Meta também estão melhorando, escreveram Rob Sanderson e Alan Gould, analistas da Loop Capital Markets, em relatório nesta semana. Os analistas têm um preço-alvo de US$ 320 por ação, em comparação com o preço de fechamento de sexta-feira de US$ 245,64, o que representa um upside (potencial de alta) na casa de 30%.

“Achamos que a história do produto da Meta é tão boa quanto há algum tempo”, disseram.

- Com a colaboração de Jack Witzig.

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