Vibra não está negociando com a Eneva nem procura outros acordos, diz CEO

Em entrevista à Bloomberg News, Ernesto Pousada diz que empresa de distribuição de combustíveis e energia está no ‘caminho certo’: ‘temos nossa própria agenda de crescimento’

Ernesto Pousada during an interview in Sao Paulo, on March 1. Photographer: Maira Erlich/Bloomberg
Por Rachel Gamarski - Vanessa Dezem - Leda Alvim
01 de Março, 2024 | 05:14 PM

Bloomberg — A Vibra Energia, maior distribuidora de combustíveis do Brasil, não está em negociações com a Eneva nem está interessada em explorar uma potencial fusão, disse o CEO, Ernesto Pousada, em entrevista à Bloomberg News.

Pousada disse que a oferta que sua empresa recebeu da Eneva (ENEV3) em novembro passado não era atraente porque o preço era muito baixo. E, embora a Vibra (VBBR3) tenha contratado o JPMorgan um mês depois para assessorá-la em outros negócios potenciais, Pousada disse que não está mais trabalhando com o banco no assunto.

”Não há nada acontecendo hoje”, disse Pousada em entrevista em São Paulo.

“A proposta não foi boa para nós, não é do nosso interesse e as negociações terminaram.”

PUBLICIDADE

A Eneva, que tem como principais acionistas o BTGPactual (BPAC11) e a família bilionária Moreira Salles, apresentou em novembro uma proposta não vinculante ao conselho de administração da Vibra para a criação de uma companhia combinada.

Na oferta inicial, os acionistas de cada empresa deteriam 50% do capital da nova empresa, segundo o documento.

Após analisar a oferta, a Vibra argumentou que a relação de troca indicada era “injustificável” e que a Eneva teria que ”melhorar significativamente” os termos propostos para que ela fosse reconsiderada.

PUBLICIDADE

Pousada disse que a empresa está no caminho certo e não busca mais proativamente outras oportunidades de fusão com nenhuma empresa.

“Temos nossa própria agenda de crescimento. Nosso negócio de distribuição de combustíveis ainda tem muitas oportunidades e vemos oportunidades para melhorar nosso negócio de lubrificantes ou vários de nossos negócios dentro da empresa.”

-- Com a colaboração de Dayanne Sousa.

Veja mais em Bloomberg.com

Leia também

Como Marcelo Claure montou um império de investimentos de US$ 4 bi. E quer mais

Vibra recusa proposta de fusão da Eneva e cita relação de troca ‘injustificável’

Petrobras: transição para renováveis exige cautela com dividendos, diz CEO