Vendas da dona do Burger King nos EUA se recuperam com o crescimento internacional

Restaurant Brands International teve crescimento de 2,4% nas vendas no segundo trimestre, impulsionado por negócios fora da América do Norte; operações internacionais respondem por cerca de 40% do faturamento

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Bloomberg — As vendas da Restaurant Brands International se aceleraram no segundo trimestre, impulsionadas pelos negócios da empresa fora da América do Norte, que lideraram o crescimento.

As vendas em restaurantes estabelecidos cresceram 2,4% no segundo trimestre, informou a empresa controladora do Burger King e do Tim Hortons na quinta-feira (7).

Foi um avanço mais rápido do que no período de três meses anteriores e ligeiramente acima da estimativa média dos analistas.

As operações internacionais da Restaurant Brands, que respondem por cerca de 40% das vendas totais, superaram as expectativas.

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Na América do Norte, a Tim Hortons procurou atrair os clientes canadenses com promoções, incluindo uma parceria com o ator Ryan Reynolds.

O Burger King, que é mais focado nos EUA, lançou uma refeição relacionada ao filme Como Treinar o Seu Dragão.

A Tim Hortons superou as estimativas dos analistas na região, enquanto o Burger King ficou em linha com as expectativas. As marcas Popeyes e Firehouse Subs ficaram para trás.

O setor de restaurantes apresentou resultados mistos nos últimos trimestres. Várias marcas têm apontado para o temor do consumidor em relação a questões como a guerra comercial do presidente Donald Trump.

Os gastos dos consumidores dos Estados Unidos, ajustados pela inflação, caíram no primeiro semestre do ano, segundo dados do governo.

Redes como a Chipotle Mexican Grill e a Pizza Hut perderam clientes, pois lutam para convencer os clientes de que suas refeições são um bom negócio.

Enquanto isso, o McDonald’s, o Taco Bell e a Applebee’s conseguiram aumentar as vendas graças ao lançamento de novos produtos e ao foco em refeições mais econômicas.

O lucro por ação da Restaurant Brands, excluindo alguns itens, ficou ligeiramente abaixo da estimativa média. A empresa ainda espera apresentar um crescimento orgânico ajustado de 8% na receita operacional este ano.

As ações da empresa (QSR), listadas nos Estados Unidos, caíram 5,15% em Nova York.

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