Stellantis, dona de Fiat e Peugeot, planeja produzir carros híbridos flex no Brasil

A quinta maior montadora do mundo e a Volkswagen travam uma corrida para introduzir veículos que combinam o uso do etanol com motores eletrificados

Modelo Peugeot e-208 elétrico em showroom em Paris, na França
Por Leonardo Lara
01 de Agosto, 2023 | 10:12 AM

Bloomberg — A Stellantis, dona das marcas Fiat, Peugeot, Citröen e Jeep, planeja começar a produzir seus primeiros veículos flex híbridos, que combinam o uso do etanol e eletricidade, no Brasil até 2024, em um esforço para se destacar na competição por veículos elétricos na maior economia da América Latina.

A quinta maior montadora do mundo em vendas tem três protótipos que combinam motores elétricos com etanol e um puramente elétrico, segundo Antonio Filosa, presidente do grupo na América do Sul. Cerca de 60% das vendas do grupo até 2030 serão de veículos com a tecnologia híbrida de biocombustíveis, disse.

“O Brasil tem um grande mercado automotivo, uma flexibilidade que ninguém tem e que precisa ser aproveitada”, disse Filosa durante apresentação a jornalistas no centro de desenvolvimento do grupo em Betim, Minas Gerais. “Temos múltiplas tecnologias, temos proteção quase total ao dólar por importarmos poucos componentes, e com isso teremos acesso a uma maior competitividade.”

Corrida pelo híbrido flex

A Stellantis e a Volkswagen travam uma disputa sobre quem conseguirá colocar primeiro - entre as duas - nas ruas brasileiras a solução que combina etanol e eletrificação. A Volks planeja introduzir um total de 15 veículos elétricos e flex até 2025, com modelos híbridos a serem lançados posteriormente.

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O pioneirismo é atribuído à japonesa Toyota, que desenvolveu e lançou no Brasil o Corolla em 2020 como o primeiro modelo híbrido flex do mundo.

As vendas de veículos híbridos ou elétricos puros no Brasil representaram apenas 2,5% do total no ano passado, segundo dados da Anfavea, grupo que representa as montadoras instaladas no Brasil.

A expectativa é que as tecnologias atinjam 7% das vendas de veículos leves até 2030, bem abaixo da média mundial estimada em 37%, segundo a Bright Consulting.

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