Spotify: geração Z amplia usuários, mas dado é insuficiente para animar analistas

Ações afundam mais de 14% em NY após plataforma de streaming ter receita abaixo do esperado no segundo trimestre e fornecer guidance que decepcionou analistas

No Spotify, o número de assinantes premium aumentou 17%, chegando a 220 milhões
Por Ashley Carman
25 de Julho, 2023 | 11:20 AM

Bloomberg — O Spotify (SPOT), plataforma sueca de streaming de áudio, superou as expectativas dos analistas em seus resultados do segundo trimestre, com seu número total de usuários ativos aumentando 27% para 551 milhões. A empresa citou um forte crescimento em todas as regiões e entre os ouvintes mais jovens da geração Z.

Os assinantes premium aumentaram 17%, chegando a 220 milhões, disse a empresa em um comunicado nesta terça-feira (25). Esse número ficou acima da estimativa média de 217,1 milhões esperada por analistas consultados pela Bloomberg.

A receita, de 3,18 bilhões de euros, ficou ligeiramente abaixo das expectativas. O prejuízo operacional ajustado da empresa foi de 112 milhões de euros, superando as projeções de uma perda de 127,4 milhões de euros.

Para o terceiro trimestre, a empresa prevê 572 milhões de usuários ativos, sendo 224 milhões deles assinantes premium. Para o período, a previsão do Spotify é de 3,3 bilhões de euros em vendas.

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Assinatura mais cara

Na segunda-feira (24), o serviço de streaming aumentou os preços nos Estados Unidos pela primeira vez desde o seu lançamento. O plano premium padrão agora custa US$ 10,99, o mesmo cobrado pelos principais concorrentes: Amazon Music (AMZN) e Apple Music (AAPL).

Em junho, o Spotify cortou 2% da equipe, principalmente em sua divisão de podcasts, e mudou sua estratégia, afastando-se de lançamentos exclusivos para focar na ampla distribuição.

A empresa fez isso para focar em expandir seu negócio de publicidade e alcançar mais ouvintes. Além disso,buscou reduzir custos planejando a introdução de camadas de assinatura mais caras e reduzindo sua presença física.

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As ações do Spotify tinham queda de 14,4% por volta das 15h (horário de Brasília) em Nova York. Na segunda, os papéis caíram 4,7%, embora tenham mais que dobrado de valor no acumulado do ano.

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