Bloomberg — A Porsche está em conversações com Michael Leiters, ex-diretor da McLaren Automotive para substituir o CEO Oliver Blume e dar a volta por cima na fabricante do 911, que está em dificuldades.
A fabricante se prepara para encontrar um sucessor para Blume, que dirige tanto a Porsche quanto a Volkswagen.
Blume continuará a comandar a maior montadora de automóveis da Europa, informou a Porsche na sexta-feira.
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As ações da Porsche subiram até 2,6% com o anúncio, antes de abandonar os ganhos, e caíram 38% nos últimos 12 meses.
Há muito tempo a empresa vem sofrendo pressão para substituir Blume.
Sua função dupla não convencional tem sido uma fonte de preocupação para os investidores, já que ambas as empresas enfrentam as tarifas dos EUA e a queda nas vendas na China, onde os fabricantes locais liderados pela BYD estão assumindo o controle.
Leiters, nascido na Alemanha, que liderou a fabricante britânica de supercarros até abril, passou 13 anos na Porsche até 2013, inclusive em funções como gerente de projeto do popular SUV Cayenne.
Na Ferrari, ele foi diretor técnico por oito anos, antes de ir para a McLaren.
Leiters está ingressando na Porsche em um momento de turbulência, com o outrora confiável centro de lucros da controladora VW cortando suas perspectivas financeiras quatro vezes este ano.
A empresa está reformulando seu portfólio e negociando mais cortes de custos com os líderes trabalhistas, depois que a fraca demanda por modelos elétricos derrubou sua estratégia anterior.
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A Volkswagen está buscando sua própria reestruturação com reduções de capacidade e milhares de cortes de empregos.
Para a Porsche, a mudança representa o fim de uma era. Blume liderou a fabricante de carros de luxo na última década e manteve o cargo mesmo depois de suceder Herbert Diess como CEO do grupo em 2022.
Após uma oferta pública inicial de grande sucesso em 2022, a Porsche se tornou brevemente a montadora mais valiosa da Europa.
Desde então, a lucratividade vem caindo. Para o ano, a empresa prevê um retorno operacional sobre as vendas de não mais do que 2%. A Porsche também abandonou um plano de produzir suas próprias baterias devido à fraca demanda por veículos elétricos.
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