Bloomberg — A Porsche alertou seus funcionários para que se preparem para novas reduções de custos, já que a fabricante de carros de luxo busca maneiras de compensar o declínio das vendas na China e o aumento do custo das tarifas dos Estados Unidos.
A fabricante iniciará negociações sobre reduções adicionais no segundo semestre deste ano, escreveu o CEO Oliver Blume em um comunicado aos funcionários visto pela Bloomberg News.
A administração diz que tem cumprido sua promessa de encontrar mais maneiras de economizar depois de tomar medidas para reduzir o número de funcionários no início deste ano.
“Nosso modelo de negócios, que nos serviu bem por muitas décadas, não funciona mais em sua forma atual”, disse Blume no comunicado.
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A Porsche enfrenta uma demanda menor do que a esperada por veículos elétricos e vendas fracas no setor de luxo na China, onde o mercado de carros movidos a bateria tem uma competição acirrada.
Nos Estados Unidos, o maior mercado da Porsche, onde ela depende exclusivamente de importações, as medidas comerciais do presidente Donald Trump têm pesado sobre as margens.
“Tudo isso está nos afetando muito - mais do que muitos outros fabricantes de automóveis”, disse Blume.
No início deste mês, a Porsche alertou sobre um caminho difícil para as vendas deste ano, após uma desaceleração nos Estados Unidos e sua persistente fraqueza na China.
Os cortes adicionais, a serem definidos com os líderes trabalhistas, têm o objetivo de reforçar a lucratividade da Porsche nos próximos anos.
A empresa tem como meta uma margem operacional de 15% a 17% no médio prazo, em comparação com os 8,6% registrados no primeiro trimestre.
A fabricante do 911 segue o exemplo da matriz Volkswagen na tentativa de reduzir seus custos de produção na Alemanha, onde a mão de obra e a energia são caras.
A Volkswagen fechou seu próprio acordo com os sindicatos no final do ano passado para cortar a capacidade de produção e reduzir o número de funcionários em 35.000 nos próximos cinco anos.
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