Bloomberg — A Petrobras está em posição favorável para resistir à guerra comercial dos EUA graças às vendas robustas para outros países, incluindo a Índia, disse a CEO, Magda Chambriard.
“Há muita demanda por nossos produtos na Ásia”, disse Chambriard em fórum da Bloomberg New Voices em São Paulo.

A Petrobras tem expandido a produção de petróleo em campos de águas profundas e continuará a fazê-lo em 2026, disse.
A China é a maior compradora da Petrobras, e embora o petróleo esteja excluído das tarifas, a pequena quantidade de exportações para os EUA significa que a companhia não está muito exposta às políticas comerciais americanas, completou.
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A Índia também é vista como um mercado estratégico para a petroleira brasileira e está disposta a comprar tudo o que a Petrobras puder exportar, disse a presidente da companhia.

Embora considere prematuro quantificar o impacto da política tarifária dos EUA, a executiva afirma que as mudanças nos fluxos logísticos globais têm gerado consequências para as cadeias de suprimento, fazendo com que as entregas para projetos em águas ultraprofundas, como os da Petrobras, demorem mais. A petroleira tem buscado se antecipar para evitar impactos em seus projetos, disse ela.
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Em resposta à guerra comercial de Trump, o Brasil tem se empenhado em fortalecer os laços comerciais e diplomáticos com países em desenvolvimento, como China e Índia.
Chambriard disse que não vê o preço do petróleo cair para US$ 50 o barril, mesmo em meio à incerteza geopolítica.
Segundo ela, a companhia terá de ajustar seus planos de investimento aos novos patamares de preços, em torno de US$ 65 o barril.
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