Bloomberg — A indústria de mineração brasileira está alertando sobre as consequências econômicas caso o governo recorra a tarifas recíprocas em retaliação à ameaça do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor uma taxa de 50% a partir de 1º de agosto.
O setor incorreria em até US$ 1 bilhão em custos adicionais, se Trump cumprir sua ameaça e o Brasil adotar tais contramedidas, disse Raul Jungmann, chefe do Ibram, um grupo de lobby que representa empresas que respondem por 85% da produção mineral do Brasil.
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As mineradoras brasileiras dependem dos fabricantes norte-americanos para equipamentos pesados, como escavadeiras e caminhões que podem transportar cargas de 100 toneladas. Enquanto isso, os EUA respondem por apenas 3,5% das exportações brasileiras de minerais, observou ele.
“Isso representaria custos adicionais de cerca de US$ 1 bilhão por ano” para as mineradoras brasileiras, disse Jungmann a jornalistas. “A retaliação e a reciprocidade nos preocupam muito mais”.
Os comentários de Jungmann foram feitos após uma reunião virtual com o vice-presidente Geraldo Alckmin.
Os executivos brasileiros do setor de mineração estão considerando a possibilidade de envolver empresas norte-americanas em conversações para ajudar a levar o governo Trump à mesa de negociações, disse Jungmann.
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