Bloomberg — A Revolut deu início a um processo para que alguns de seus funcionários vendam suas ações da empresa a um valuation de US$ 75 bilhões. Essa venda no mercado secundário avaliará cada ação em US$ 1.381,06, de acordo com um memorando para a equipe visto pela Bloomberg News.
O valor foi confirmado, segundo fontes que falaram com a Bloomberg Línea.
A empresa já recebeu demanda para a venda por parte de investidores novos e outros já presentes no cap table, segundo o memorando.
O acordo consolidará o status da Revolut como uma das fintechs mais valiosas do planeta e a mais valiosa da Europa.
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E representará um aumento de 67% em relação ao valuation de US$ 45 bilhões que a Revolut recebeu em uma venda secundária de ações no ano passado.
O valor da empresa ficará pouco acima do Barclays, banco listado na Bolsa de Londres com um market cap de cerca de US$ 72 bilhões.
Também terá um valor atribuído superior ao do Nubank, listado na Bolsa de Nova York (NYSE) e com valor de mercado de US$ 70,7 bilhões nesta segunda-feira (1 de setembro).
Especialistas em finanças com tecnologia e em capital de risco com frequência realizam comparações entre Revolut e Nubank, do ponto de vista de modelos de negócios e de expansão para mercados internacionais.
“Como parte de nosso compromisso com nossos funcionários, oferecemos regularmente oportunidades para que eles ganhem liquidez”, disse um porta-voz em um comunicado enviado por e-mail.
“Uma venda secundária de ações para funcionários está atualmente em andamento e não faremos mais comentários até que ela seja concluída.”
A Revolut, com sede em Londres, cresceu rapidamente e atendeu mais clientes do que o HSBC Holdings Plc no ano passado, ajudando a fintech britânica a aumentar a receita em 72%, para US$ 4 bilhões, e a aumentar seu lucro. A empresa agora tem mais de 60 milhões de clientes.
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A fintech fundada em 2015 por Nikolay Storonsky e Vlad Yatsenko está em um momento de acelerar o crescimento global.
A empresa de finanças com uso de tecnologia avalia a contratação de banqueiros de investimento para uma possível aquisição nos Estados Unidos, a fim de obter uma licença bancária no país, noticiou a Bloomberg na semana passada.
Na América Latina, a Revolut tem no Brasil o seu principal mercado e prepara o começo das operações tanto no México como na Argentina.
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-- Com informações de Marcelo Sakate, da Bloomberg Línea.
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