Bloomberg Línea — O Itaú Unibanco (ITUB4) apresentou um lucro líquido recorrente de R$ 11,876 bilhões no terceiro trimestre – avanço de 11,3% na base anual e de 3,2% em três meses.
O resultado divulgado nesta noite de terça-feira (4) ficou levemente acima da expectativa consensual de analistas consultados pela Bloomberg, que estimavam um resultado de R$ 11,78 bilhões na última linha do balanço.
O ROE (Retorno sobre o Patrimônio Líquido), principal métrica de rentabilidade dos bancos, ficou em 23,3%, estável na comparação trimestral, mas 0,6 ponto percentual (p.p.) acima dos 22,7% no mesmo período do ano anterior.
“Os resultados do terceiro trimestre reforçam a solidez financeira do Itaú Unibanco e a capacidade do banco de crescer com disciplina e eficiência, resultando em uma robusta geração de capital”, disse o CFO Gabriel Amado de Moura em nota.
Nova revisão de margem
O maior banco brasileiro, liderado pelo CEO Milton Maluhy Filho, elevou o guidance (projeção) para a margem financeira com o mercado em 2025, que passou do intervalo de R$ 1,0 bilhão e R$ 3,0 bilhões para outro entre R$ 3,0 bilhões e R$ 3,5 bilhões.
Segundo o banco, a revisão reflete a “dinâmica mais positiva do resultado acumulado da mesa trading em comparação à expectativa original".
Na divulgação anterior de resultados, o Itaú já havia elevado o guidance da margem financeira com clientes, que subiu do intervalo entre 7,5% e 11,5% para 11% e 14%.
A margem financeira total do banco foi de R$ 31,38 bilhões no terceiro trimestre – alta de 10,1% em 12 meses. A margem com clientes foi de R$ 30,48 bilhões, alta de 11% em base anual, enquanto a margem com o mercado ficou em R$ 902 milhões, valor que representa queda de 14,6% em um ano.
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Crédito e inadimplência
O Itaú alcançou R$ 1,402 trilhão na carteira de crédito expandida ao final do terceiro trimestre. O montante representa alta de 6,4% na base anual e de 0,9% frente ao segundo trimestre.
A carteira de pessoas físicas cresceu 6,5% em 12 meses, para R$ 456,4 bilhões. Já a de micro, pequenas e pequenas empresas (MPMEs) avançou 7,5% no mesmo intervalo, para R$ 278,4 bilhões. Em grandes empresas, a carteira somou R$ 437,7 bilhões, aumento de 9,4% em um ano.
A inadimplência ficou estável em relação ao segundo trimestre em 1,9%.
As ações do Itaú acumulam valorização de 23,79% em 2025 e de 24,60% em 12 meses.
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