Bloomberg — Os cinco filhos do ex-primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi estão próximos de chegar a um acordo sobre o império empresarial de seu pai, no valor de 7 bilhões de euros (US$ 7,5 bilhões).
Os herdeiros estão prestes a aceitar o testamento de Berlusconi sem o chamado “benefício de inventário”, conforme relatado pelo jornal Corriere della Sera no sábado (9). Isso aceleraria o processo de distribuição das participações na empresa de controle, a Fininvest, e na coleção de villas e iates do falecido bilionário.
Os filhos mais velhos de Berlusconi, Marina e Pier Silvio, receberam uma parcela adicional de 20% na empresa familiar Fininvest de acordo com o testamento de seu pai, elevando sua participação total para 53%, enquanto as filhas mais jovens, Barbara e Eleonora, e o filho mais novo, Luigi, receberam o restante. Marina Berlusconi foi confirmada como líder da Fininvest em junho.
A Fininvest controla a MFE, a maior emissora comercial da Itália. Anteriormente conhecida como Mediaset, a MFE domina o mercado de publicidade televisiva na Itália, com mais de 40% de participação. Na década de 1990, foi a plataforma de lançamento das ambições políticas de Berlusconi.
A Fininvest também detém 53,3% da editora Arnoldo Mondadori Editore, uma participação minoritária na empresa de serviços financeiros Banca Mediolanum e é proprietária do clube de futebol AC Monza.
Além das participações empresariais, existem as propriedades de luxo de Berlusconi, onde ele costumava promover reuniões com aliados políticos e chefes de estado como fundador do partido Forza Italia e durante seus mandatos como primeiro-ministro.
O Corriere estima o valor total das vilas de Berlusconi em 600 milhões a 700 milhões de euros, incluindo a Villa San Martino em Arcore, perto de Milão, e a Villa Certosa na Sardenha. Marina e Pier Silvio Berlusconi estão prestes a receber cerca de 30% cada da holding imobiliária Dolcedrago, enquanto Barbara, Eleonora e Luigi receberão cerca de 13% cada, segundo o Corriere.
A Fininvest se recusou a comentar para a Bloomberg News.
- Com a colaboração de Daniele Lepido.
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