Bloomberg — A Invepar, empresa de operações e serviços de transporte que controla um dos aeroportos mais movimentados da América Latina, está prestes a assinar um acordo de suspensão de cobranças de dívida com credores, pois tenta reestruturar sua dívida extrajudicialmente, disseram pessoas familiarizadas com o assunto que falaram à Bloomberg News.
A Invepar está próxima de conseguir acordo com o Mubadala Capital, um dos seus principais credores, disseram as pessoas, que pediram para não serem identificadas pois as negociações não são públicas.
Em reunião realizada na quinta-feira, cerca de 80% dos credores apoiaram a ideia de dar mais prazo à empresa, disseram as pessoas, enquanto o Mubadala disse na semana passada que as negociações com a Invepar estavam paralisadas.
Invepar e Mubadala não responderam a um pedido imediato de comentário.
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A Invepar, formalmente conhecida como Investimentos e Participações em Infraestrutura, tem lutado para reestruturar seu endividamento, já que as taxas de juros básicas atingiram seu valor máximo em duas décadas, de 14,75% ao ano.
A pandemia também foi um duro golpe para os setores de mobilidade urbana e aeroportos, e a empresa enfrentou desafios para fortalecer sua posição de liquidez.
A S&P Global Ratings rebaixou a nota de crédito da Invepar de CC para D após a empresa entrar com um pedido de medida cautelar — na prática, uma suspensão do pagamento de dívidas — em 16 de maio, sinalizando a possibilidade de recuperação judicial.
A medida foi tomada após uma iniciativa de detentores de títulos locais para acelerar o pagamento de mais de R$ 500 milhões em notas promissórias.
Fundada em 2000, a Invepar desenvolve e mantém infraestrutura de transporte. A empresa, sediada no Rio de Janeiro, oferece seus serviços no Brasil e no Peru e atua nos setores de rodovias, aeroportos e mobilidade urbana. Ela detém a concessão do aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, o maior do Brasil.
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