Gigante do setor de diamantes alerta que recuperação do setor será lenta

De Beers espera que desaceleração da demanda em mercados-chave continue pesando sobre o mercado de diamantes, que está em crise

O setor de diamantes quase parou completamente no segundo semestre do ano passado
Por Thomas Biesheuvel - Jennifer Zabasajja
07 de Fevereiro, 2024 | 10:06 AM

Bloomberg — A De Beers espera que a recuperação do mercado de diamantes, que está em crise, seja lenta e gradual, uma vez que a indústria continua sofrendo com o fraco crescimento econômico em mercados-chave como China e Estados Unidos.

O setor quase parou completamente no segundo semestre do ano passado, quando a De Beers e a Alrosa PJSC – as duas maiores mineradoras – praticamente interromperam o fornecimento em uma tentativa desesperada de conter a queda nos preços.

Embora esses esforços tenham ajudado o mercado a se recuperar um pouco, não está claro o quanto os compradores atualmente estão interessados.

“Vemos 2024 como um ano de recuperação”, disse o CEO da De Beers, Al Cook, em uma entrevista à Bloomberg TV, em Cape Town. “Esperamos que a demanda por diamantes aumente gradualmente, em vez de subir repentinamente.”

PUBLICIDADE

A indústria foi afetada com o início da pandemia. No início, ela foi uma das grandes vencedoras, já que os consumidores em casa passaram a comprar joias de diamantes e outros produtos de luxo.

No entanto, a demanda rapidamente diminuiu à medida que as economias foram reabertas, deixando muitos no comércio com estoques excessivos pelos quais haviam pagado muito caro.

A desaceleração rapidamente se intensificou à medida que o mercado crucial dos Estados Unidos vacilou diante da crescente inflação. Além disso, a confiança do consumidor no mercado chinês, um mercado de crescimento importante, foi afetada por uma crise imobiliária, enquanto a concorrência com os diamantes sintéticos aumentou.

Veja mais em bloomberg.com

Leia também:

As ações mais recomendadas para fevereiro, segundo 14 bancos e corretoras

Safra compra Guide Investimentos, com R$ 20 bi em ativos sob custódia