Bloomberg — A fabricante de motores de aeronaves Pratt & Whitney informou ter entregado motores em quantidades suficientes para que a Airbus atinja sua ambiciosa meta de entregas para 2025.
“Estamos alinhados com as entregas deles para o restante deste ano”, afirmou o presidente de motores comerciais da Pratt & Whitney, Rick Deurloo, em entrevista a jornalistas em Dubai, antes do Dubai Airshow, neste domingo (16). “Chegamos ao ponto que qualquer entrega agora será para o próximo ano.”
Os motores de aviões têm se tornado um gargalo significativo na produção de aeronaves, o que torna a meta da Airbus de entregar 820 unidades neste ano um verdadeiro desafio contra o tempo.
A Airbus chegou a fabricar algumas aeronaves sem motores, deixando um lote de fuselagens conhecidas como “planadores” (gliders), que a empresa espera completar até o fim do ano, assim que os motores forem entregues.
A Airbus tem enfrentado dificuldades para acelerar a produção em meio a problemas persistentes na cadeia de suprimentos.
O diretor executivo da empresa, Guillaume Faury, afirmou que as entregas ficaram concentradas para o final do ano. Apesar disso, a Airbus reiterou sua meta para este ano, afirmando que os números ainda são alcançáveis.
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A Pratt & Whitney enfrentou problemas relacionados a pó metálico contaminado em seus motores, o que obrigou companhias aéreas no mundo todo a manterem parte de suas frotas da família A320 fora de operação enquanto os componentes são substituídos.
Isso, somado à produção mais lenta do que o esperado pela CFM International, também provocou atrasos na entrega das novas aeronaves da Airbus.
A Pratt, que é uma unidade da RTX Corp., está trabalhando para superar os atrasos na reparação dos motores afetados e na certificação de uma versão aprimorada do produto.
A fabricante norte-americana também está desenvolvendo um motor para equipar a próxima geração de aeronaves narrowbody (de corredor único) até 2035 e mantém negociações com todas as fabricantes de aviões, incluindo Boeing (BA) e Embraer (EMBJ3), embora não esteja em contato com a COMAC, da China, segundo Deurloo.
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