Embraer fecha primeiro contrato do jato E2 nos EUA com pedido de 50 aviões

Companhia aérea regional Avelo acertou a encomenda de 50 unidades, com opção de compra para outras 50, com entregas a partir de 2027

Embraer E195-E2
Por Siddharth Philip
10 de Setembro, 2025 | 04:25 PM

Bloomberg — A Embraer conquistou seu primeiro cliente nos Estados Unidos para a nova geração de jatos E2: a companhia aérea Avelo Airlines, de Houston, acertou a compra de 50 aeronaves.

A Avelo, que atualmente opera apenas com Boeing 737, também garantiu opção de compra para outras 50 unidades, informaram as empresas em entrevista coletiva em Washington nesta quarta-feira (10).

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A companhia escolheu o modelo E195-E2, com entregas previstas a partir de 2027.

O E2, equipado com motores mais eficientes da Pratt & Whitney e capacidade para até 146 passageiros, fez seu voo inaugural em 2016.

Até agora, porém, não havia conseguido fechar pedidos com companhias aéreas dos EUA por causa das chamadas scope clauses — cláusulas em contratos de pilotos que limitam o peso das aeronaves operadas pelas empresas regionais afiliadas às grandes companhias americanas.

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Avelo, fundada por Andrew Levy — ex-diretor financeiro da United Airlines —, anunciou nesta semana que levantou uma rodada de capital, cujo valor não foi divulgado, para ampliar operações e investir em novas tecnologias.

A aérea de baixo custo iniciou voos em 2021, a partir de Burbank, na Califórnia, e hoje atende 47 aeroportos nos EUA e em Porto Rico, além de Jamaica, México e República Dominicana.

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Segundo Levy, a operação com o E2 permitirá que a Avelo — que voa principalmente em aeroportos menores — otimize a rentabilidade de suas rotas, ajustando a oferta de assentos em períodos de menor demanda.

A companhia continuará operando sua frota de 737-800, mas deve aposentar os modelos menores 737-700, disse o executivo.

As companhias regionais que prestam serviços para Delta, United Airlines e American Airlines foram grandes clientes da geração anterior de jatos da Embraer (EMBR3), adquirindo cerca de um terço das 1.700 aeronaves entregues.

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No entanto, as scope clauses — criadas para proteger os empregos de pilotos das linhas principais — restringiram a adoção dos novos modelos e levaram a Embraer a adiar para depois de 2027 o lançamento da versão menor, o E175-E2.

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