De discípulo a CEO: quem é Greg Abel, o sucessor de Buffett no comando da Berkshire

Executivo que é o atual VP de Operações na área que exclui seguradoras precisa ser aprovado na reunião do conselho; segundo Buffett, ele não sabia que o anúncio seria feito

Greg Abel na reunião anual da Berkshire em Omaha, Nebraska, em 2017
Por Katherine Chiglinsky - Noah Buhayar
03 de Maio, 2025 | 04:52 PM

Bloomberg — Greg Abel construiu um dos maiores negócios de energia dos Estados Unidos sob a tutela de Warren Buffett. Agora, ele tentará ocupar o lugar do investidor mais famoso do mundo.

Durante a reunião anual da empresa no sábado, Buffett, de 94 anos, disse que recomendaria ao conselho de administração que Abel se tornasse o novo CEO da Berkshire ao final do ano. A proposta será discutida na reunião do conselho no domingo, afirmou ele.

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“O momento chegou”, disse Buffett ao final da sessão de perguntas e respostas da reunião. Segundo ele, Abel não sabia que o anúncio seria feito.

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Aos 62 anos, Abel será o primeiro novo CEO da Berkshire desde que Buffett assumiu o cargo, em 1970, e sua promoção concretiza um plano anunciado há anos.

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Abel assumirá o comando de um conglomerado com mais de 390 mil funcionários em negócios que vão de seguradoras e fabricantes até uma das maiores ferrovias dos EUA. Buffett montou esse portfólio ao longo de décadas de aquisições.

Com um caixa com US$ 347,7 bilhões, Abel — um dos gestores mais ativos da empresa em aquisições — terá a oportunidade de deixar sua marca na empresa sediada em Omaha, Nebraska, por meio de novas compras e investimentos.

Antes do anúncio, no sábado, ele afirmou que a filosofia de investimentos da empresa não mudará sob sua liderança.

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Na reunião anual de 2021, Charlie Munger deixou escapar que Abel certamente manteria a cultura da Berkshire nos anos seguintes. Buffett posteriormente confirmou que Abel era o principal candidato a substituí-lo como CEO.

Ele já havia começado a assumir um papel mais amplo na Berkshire com uma promoção em 2018, que lhe deu a responsabilidade de supervisionar os negócios não relacionados a seguros da empresa. Isso incluiu a supervisão de companhias como a ferrovia BNSF e a rede de fast-food Dairy Queen.

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