David Solomon, do Goldman Sachs, vê cenário incerto pra M&As no curto prazo

O CEO do Goldman Sachs disse ter dúvidas sobre o rumo dos deals no momento, mas que está otimista a longo prazo

David Solomon
Por Farah Elbahrawy
24 de Outubro, 2023 | 12:55 PM

Bloomberg — O principal executivo do Goldman Sachs (GS) disse que tem dúvidas sobre o cenário de fusões e aquisições no curto prazo, mas expressou otimismo quanto a um aumento das negociações em um futuro próximo.

“A longo prazo, certamente estou otimista”, disse o CEO David Solomon em um painel durante a cúpula da Future Investment Initiative em Riad, na Arábia Saudita. “Mas por ora estou em dúvida.”

O Goldman sofreu sua oitava queda trimestral consecutiva nos lucros após baixas contábeis no setor imobiliário e de uma queda contínua nas negociações.

Na divulgação dos resultados trimestrais do banco este mês, Solomon disse que espera uma recuperação contínua nos mercados de capitais caso as condições continuem favoráveis.

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As operações de M&A atingiram seu ponto mais baixo depois que o Federal Reserve (Fed), dos Estados Unidos, começou a aumentar as taxas de juros para combater a inflação.

Os sinais de uma reviravolta estão começando a aparecer, com dois grandes negócios de petróleo anunciados este mês. Mas ainda há um terreno a ser percorrido.

Os fees dispararam durante a pandemia, impulsionados pelos juros baixos e pelo estímulo econômico do governo.

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“Se você é um CEO e está em dúvida sobre o cenário, tende a ser cauteloso ao tomar medidas mais decisivas que possam mudar o rumo de seu negócio”, disse Solomon durante o painel.

À medida que as empresas ficam mais confiantes em relação ao cenário macro, deveremos ver uma consolidação e um redimensionamento, para competirem de forma eficaz, disse Solomon.

“Minha opinião é a de que a atividade de fusões e aquisições ao longo de janelas como décadas, cresce paralelamente ao crescimento econômico e à expansão da capitalização de mercado”, disse ele. “Continuaremos nessa jornada e veremos um aumento nas operações estratégicas de M&A.

A recente queda nas taxas de M&A fez com que os credores reduzissem sua força de trabalho nos primeiros meses do ano. Mas Solomon disse que seu banco ainda é competitivo quando se trata de contratar talentos.

“O Goldman Sachs se sente muito bem em relação à sua posição competitiva para atrair pessoas”, acrescentando que mais de um milhão de pessoas se candidataram a cargos em sua empresa no ano passado. A empresa emprega cerca de 45.000 pessoas, disse ele.

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