Bloomberg — A Coty vendeu sua participação remanescente na Wella para a KKR por US$ 750 milhões em dinheiro e direitos a determinados lucros futuros, à medida que a empresa de beleza trabalha para reduzir seu endividamento.
A companhia obterá 45% dos rendimentos de qualquer venda ou oferta pública inicial da Wella depois que o retorno preferencial da KKR tiver sido alcançado, disse a empresa em um comunicado, confirmando uma reportagem anterior da Bloomberg News.
A empresa disse que a maior parte do dinheiro inicial de US$ 750 milhões será usada para pagar dívidas, uma meta importante para a liderança da Coty. As ações da Coty subiram até 3,1% em Nova York.
Leia também: Snoopy e Charlie Brown têm novo dono: Sony investe US$ 460 mi para controlar a Peanuts
A venda está em linha com a meta da empresa, que já planejava se desfazer totalmente da Wella até o final de 2025, disse o diretor financeiro da Coty, Laurent Mercier. A Coty avaliou sua participação de 25,8% na Wella em cerca de US$ 1 bilhão em novembro.
A venda ajudará a reduzir a alavancagem líquida para cerca de 3 vezes a dívida líquida em relação aos lucros ajustados antes de juros, impostos, depreciação e amortização até o final de 2025, de 3,7 vezes no final de junho, escreveram as analistas da Bloomberg Intelligence Julie Hung e Tatiana Bellometti em uma nota de research.
A unidade de cosméticos de beleza para o consumidor e segmentos no Brasil da Coty continuam sob análise, disseram elas.
No país, o grupo detém as marcas Monange, Cenoura & Bronze, Leite de Colônia, Très Marchand, Avanço, Bozzano, além da linha de esmaltes Risqué, entre outras.
“Qualquer venda potencial futura ajudaria a promover uma maior desalavancagem”, acrescentaram.
A Coty adquiriu a Wella em 2015 da Procter & Gamble como parte de uma transação maior. A KKR então comprou uma participação de 60% no negócio em 2020.
As ações da Coty caíram mais de 50% nos últimos 12 meses, apesar da demanda geral relativamente forte por fragrâncias e cosméticos na esteira de um boom de beleza pós-pandemia.
-- Com a colaboração de Nurin Sofia.
Veja mais em Bloomberg.com
Leia também
Nike tenta acelerar plano de retomada, mas queda nas vendas na China derruba ações
Toyota venderá no Japão três modelos de carros fabricados nos EUA a partir de 2026
©2025 Bloomberg L.P.








