Bloomberg — A principal companhia aérea da Argentina não precisará de subsídios pela primeira vez desde que o governo nacionalizou a empresa há quase duas décadas, de acordo com um comunicado à imprensa na quarta-feira (30).
Depois de analisar suas necessidades orçamentárias para 2025, a estatal Aerolineas Argentinas informou ao secretário de Transportes, Franco Mogetta, em uma carta datada de 28 de abril, que “não precisará de fundos do tesouro do país”.
A notícia representa um avanço bem-vindo para o presidente Javier Milei e sua equipe, que continuam a levar adiante uma campanha agressiva para renovar o setor aéreo, atormentado por greves trabalhistas e altos custos.
A Aerolineas, como a empresa é conhecida localmente, está na mira do governo há algum tempo.
Desde 2008, a companhia registra um prejuízo operacional médio de US$ 400 milhões por ano, ao mesmo tempo em que recebeu estimados US$ 8 bilhões em subsídios para cobrir déficits operacionais no mesmo período de dezessete anos, disseram os funcionários da empresa no comunicado.
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Desde que Milei declarou que a companhia aérea estava sujeita à privatização, em setembro, os executivos deram uma reviravolta drástica, que resultou em um resultado operacional positivo de US$ 20,2 milhões para 2024.
A companhia aérea vinculou esses resultados a uma redução de 15% em toda a sua força de trabalho, à eliminação de “rotas improdutivas”, bem como ao fechamento de várias agências físicas em todo o país.
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