Bloomberg — Os bancos montaram um pacote de financiamento de dívida de mais de 4 bilhões de euros para apoiar a aquisição, pelo Carlyle, de uma participação no negócio de revestimentos da BASF.
O Bank of America e o Goldman Sachs estão entre os credores que trabalham em um pacote que será cerca de cinco vezes o Ebitda de aproximadamente 800 milhões de euros (US$ 926 milhões) da unidade, de acordo com pessoas familiarizadas com o assunto, que pediram para não serem identificadas porque as negociações são privadas à Bloomberg News.
A dívida subscrita provavelmente incluirá tanto empréstimos alavancados quanto títulos de alto rendimento denominados em dólares e euros, acrescentaram as pessoas.
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A Carlyle e sua parceira, a Qatar Investment Authority, firmaram um acordo vinculativo com a BASF, que acabará por criar uma empresa autônoma com um valor empresarial de 7,7 bilhões de euros.
A BASF continuará a deter uma participação de cerca de 40% na BASF Coatings, que desenvolve e fornece soluções para superfícies.
Os porta-vozes do Carlyle, BofA e Goldman não quiseram comentar.
O pacote de financiamento está atraindo vários bancos interessados em participar, disseram as pessoas.
Uma vez finalizado, ele se somará ao número crescente de mandatos concedidos aos credores de Wall Street em vez do setor de crédito privado de US$ 1,7 trilhão.
O exemplo mais notável até o momento é o compromisso de dívida de US$ 20 bilhões do JPMorgan Chase para apoiar a privatização da Electronic Arts - o maior já feito por um único banco para uma transação desse tipo.
Entretanto, o setor químico da Europa tem estado sob pressão devido ao aumento dos custos e às importações baratas.
A Nouryon, outra empresa química apoiada pelo Carlyle, retirou um acordo de empréstimo alavancado em duas moedas no valor de cerca de US$ 5,8 bilhões.
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A empresa havia planejado adiar os vencimentos de sua dívida em mais de dois anos, a partir de abril de 2028, mas recebeu resistência de investidores preocupados com os altos custos.
O empréstimo a prazo da Archroma, produtora de produtos químicos sediada na Suíça, caiu cerca de 20 centavos de euro desde o início de setembro por motivos semelhantes.
--Com a ajuda de Paula Seligson.
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