Ajuda da Petrobras para as companhias aéreas? Não vamos baixar o preço, diz CEO

Jean Paul Prates diz à Bloomberg News que os custos ‘anormais’ das passagens aéreas persistiram em 2023 mesmo com queda dos preços dos combustíveis de aviação

Trabajadores de Petrobras cargan combustible en una aeronave
Por Rakesh Sharma - Mariana Durão
16 de Fevereiro, 2024 | 04:22 PM

Bloomberg — A Petrobras (PETR3, PETR4) não tem planos de reduzir os preços do combustível de aviação como parte de um esforço mais amplo do governo Lula para resgatar as companhias aéreas brasileiras em dificuldades.

A gigante de produção de petróleo com sede no Rio de Janeiro não pode simplesmente baixar os preços quando o governo ordena, disse o CEO Jean Paul Prates à Bloomberg News durante uma recente viagem à Índia, reiterando sua oposição a tal medida.

Prates acrescentou que os custos “anormais” das passagens aéreas continuaram em 2023 mesmo com a queda dos preços do combustível de aviação.

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem discutido como fornecer alívio financeiro às companhias aéreas, e a Petrobras tem sido pressionada a assumir parte do ônus.

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O plano ganhou urgência adicional depois que a Gol Linhas Aéreas (GOLL4) entrou com pedido de proteção contra credores no escopo do Chapter 11 da legislação dos Estados Unidos em 25 de janeiro.

As opções em estudo pelo governo incluem reduzir os impostos sobre o combustível e gerar mais competição na indústria de distribuição.

“Esse é um setor [o de transporte aéreo] que está sempre em crise. Não está necessariamente relacionado ao combustível de aviação”, disse Prates. “Não vamos baixar os preços.”

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