Mercados asiáticos e futuros em NY apontam para alta com negociações EUA-China

EUA e China relataram “progresso substancial” após as tratativas realizadas na Suíça, o que deu impulso aos mercados

Las acciones japonesas lideran las ganancias en Asia; los futuros estadounidenses bajan
Por Momoka Yokoyama - Naomi Tajitsu - Anya Andrianova - Matthew Burgess
11 de Maio, 2025 | 08:50 PM

Bloomberg — As ações japonesas apontam para a alta na abertura da semana com o otimismo de que as tensões comerciais entre Estados Unidos e China possam começar a diminuir após dois dias de negociações durante o fim de semana.

Os contratos futuros do Nikkei 225 estavam em 37.830 na bolsa de Chicago (CME), em comparação com o último fechamento do índice à vista, de 37.503,33.

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O iene mostrou sinais de enfraquecimento frente ao dólar, apontando para ganhos das exportadoras, já que tanto a moeda japonesa quanto o euro abriram em queda após relatos sobre o encontro.

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Estados Unidos e China relataram “progresso substancial” após as conversas realizadas na Suíça com o objetivo de amenizar a guerra comercial, embora nenhum dos lados tenha anunciado medidas concretas de imediato.

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O vice-premiê chinês He Lifeng afirmou que as duas maiores economias do mundo concordaram em criar um mecanismo para novas rodadas de diálogo.

“Não está claro ainda o que exatamente está envolvido, então teremos que esperar para ver o que virá a seguir”, disse Masahiro Ichikawa, estrategista-chefe de mercado da Sumitomo Mitsui DS Asset Management.

“O iene está se desvalorizando e, no mínimo, não parece haver uma reação negativa do mercado. Enquanto aguardamos anúncios específicos, a tendência geral de recuperação deve continuar.”

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O índice Nikkei 225 acumulou alta de 5% até sexta-feira desde que o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou as chamadas tarifas recíprocas em 2 de abril, desempenho que o coloca entre os principais mercados globais.

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No mês passado, o Japão foi um dos primeiros países a iniciar formalmente negociações com os EUA, embora ainda não tenha sido firmado um acordo.

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O primeiro-ministro Shigeru Ishiba pretende fechar um acordo comercial com os Estados Unidos em julho, por volta da eleição para a câmara alta do parlamento, informou o jornal Asahi, citando fontes do governo não identificadas.

Investidores também acompanham de perto os resultados e as projeções financeiras de empresas japonesas, com companhias como SoftBank, Nissan e Sony programadas para divulgar seus balanços nesta semana.

Mercado americano

Os contratos futuros dos principais índices de ações dos EUA dispararam após sinais de avanços nas negociações comerciais com a China.

Os futuros do S&P 500 e do Nasdaq 100 subiram mais de 1%, enquanto o petróleo avançava e o ouro recuava.

O dólar se valorizava frente a moedas fortes como o iene, o euro e o franco suíço nas primeiras negociações desta segunda-feira.

O dólar australiano e o yuan offshore também registravam leve alta.

Após dois dias de negociações em Genebra, o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, e o representante comercial Jamieson Greer informaram que compartilharão mais detalhes nesta segunda. Greer disse a repórteres que “as diferenças não eram tão grandes quanto se pensava”.

“Vamos ver, ao menos, um movimento de apetite ao risco no curto prazo, já que muitos traders haviam reduzido exposição antes das negociações e agora podem estar mais confortáveis para retomar posições, considerando que o pior cenário — o colapso das conversas — parece ter sido evitado, com algum progresso aparente”, disse Michael Brown, estrategista sênior do Pepperstone, em Londres.

“Mas ainda falta convicção até ouvirmos detalhes concretos. Neste momento, temos mais perguntas do que respostas.”

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