Itaú tem máxima histórica e impulsiona o Ibovespa em dia de quedas amplas de aéreas

Principal índice da bolsa brasileira teve alta de 0,21%, apesar de recuo de 25% da Gol e de 11% da Azul. Dólar voltou a cair e fechou cotado a R$ 5,65; Itaú subiu 5,41%, para R$ 37,23

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09 de Maio, 2025 | 05:56 PM

Bloomberg Línea — O Ibovespa (IBOV) voltou a subir nesta sexta-feira (9), um dia após atingir a sua máxima histórica. O principal índice da B3 registrou alta de 0,21%, aos 136.511 pontos.

A alta foi impulsionada em parte pelo Itaú (ITUB4), que registrou alta de 5,41% e fechou na máxima histórica, a R$ 37,23.

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O Ibovespa não subiu mais, entretanto, por conta de forte recuo das ações de companhias aéreas nacionais. A Gol (GOLL4) chegou a bater recorde de perdas intradiárias após divulgar proposta de capitalização para sair do Chapter 11 (o equivalente a recuperação judicial nos EUA) e fechou com queda de 25,21%. Enquanto a Azul (AZUL4) caiu 11,89%.

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O dólar também voltou a registrar queda. A moeda americana recuou 0,11% e fechou cotada a R$ 5,655. No ano, a divisa caiu quase 9% ante o real.

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Fechamento dos mercados nesta sexta-feira (9)

No exterior, Wall Street encerrou a semana com um tom mais cauteloso, com ações e títulos oscilando enquanto as duas maiores economias do mundo (China e EUA) se preparam para iniciar suas negociações comerciais.

O presidente americano, Donald Trump, propôs uma tarifa de 80% sobre a China antes das negociações que devem começar no sábado (10), instando o país a fazer mais para abrir seus mercados aos produtos americanos.

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Investidores evitaram fazer apostas mais arriscadas, especulando que, embora as discussões entre autoridades chinesas e americanas pudessem representar um quebra-gelo diplomático, um compromisso abrangente só se concretizaria após várias rodadas de negociações.

Operadores de todo o mundo têm estado ansiosos por quaisquer sinais de alívio na guerra tarifária que tem agitado os mercados e aumentado os riscos de uma crise econômica global.

Os índices S&P 500, Nasdaq 100 e Dow Jones Industrial Average apresentaram pouca variação ao longo do dia. Do outro lado do Atlântico, o índice DAX da Alemanha se tornou o primeiro grande indicador europeu a superar o pico de março, recuperando todas as quedas desencadeadas pela guerra comercial de Trump.

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- Com informações da Bloomberg News.

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