Impulso da China: promessa de injeção fiscal leva bolsas e futuros a disparar

Bancos estatais do país podem receber US$ 142 bilhões, segundo fontes disseram à Bloomberg News; futuros da Nasdaq subiam mais de 1% com ajuda também de guidance da Micron Technology

Estes são os eventos que orientam os investidores e movem os mercados hoje
26 de Setembro, 2024 | 06:33 AM

Bloomberg Línea — As ações europeias e os futuros de ações dos EUA subiam nesta manhã de quinta-feira (26), acompanhando os ganhos na Ásia, após a China prometer novos estímulos fiscais e as ações de tecnologia avançarem.

O índice Stoxx 600 na Europa subiu 1% e os futuros do Nasdaq 100 avançaram após uma forte previsão de receita da Micron Technology, que impulsionou uma alta nas negociações no after market. Um índice de ações asiáticas teve alta de cerca de 2%. Os títulos do Tesouro dos EUA e o dólar permaneceram estáveis.

O presidente Xi Jinping prometeu novos gastos públicos nesta quinta, embora sem especificar valores, para conter a crise imobiliária no país, após uma reunião de um dia do Politburo, o comitê executivo do Partido Comunista, no sinal mais forte até aqui da preocupação com o setor.

Segundo fontes disseram à Bloomberg News, o governo considera uma injeção de 1 trilhão de yuans (US$ 142 bilhões) em bancos estatais para que possam suportar a economia, o que, se confirmado, seria a primeira medida nesse sentido desde a crise financeira global de 2008.

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Embora não tenham sido divulgados detalhes oficialmente sobre o tamanho do gasto fiscal planejado pela China, o anúncio alimentou o apetite a risco de forma mais ampla e melhorou as perspectivas para indústrias na Europa que são mais expostas à sua economia.

Alguns analistas questionaram nateriormente se o estímulo monetário revelado no início da semana seria suficiente, em meio a preocupações com deflação e consumo fraco.

“Isso muda o cenário global? Não temos certeza, mas, por agora, é certamente bom para o resto do mundo”, disse Kenneth Broux, estrategista do Societé Générale. “As ações individuais na Europa estão em alta, pois as pessoas apostam que o consumidor chinês irá sair e gastar, inclusive em itens de luxo.”

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- Petróleo na contramão. Em meio à euforia em ativos, os preços do Brent e do WTI recuavam mais de 2% com rumores de que a Arábia Saudita avalia um aumento da produção, além de perspectivas de retomada na Líbia após acordos internos envolvendo facções no país.

- Suíça quer conter o franco. O banco central cortou a taxa de juros em 25 pontos base pela terceira vez seguida, agora para 1%, e disse que pode tomar mais medidas para conter a valorização do franco.

- Desconfiança sobre a França. Pela primeira vez desde 2007, títulos de 10 anos do país - atualmente liderado por Emmanuel Macron - pagam juros maiores do que os da Espanha, em novo sinal das incertezas fiscais e políticas francesas, na visão de investidores.

(Com informações de Bloomberg News)

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Os indicadores dos mercados globais nesta manhã de quinta-feira, 26 de setembro de 2024
🔘 As bolsas ontem (25/09): Dow Jones Industrials (-0,70%), S&P 500 (-0,19%), Nasdaq Composite (+0,06%), Stoxx 600 (-0,11%), Ibovespa (-0,43%)