Ibovespa vai a 137.500 pontos e quebra recorde intradiário com acordo comercial

Investidores retomam o apetite ao risco em reação ao acordo comercial anunciado entre EUA e Reino Unido, que pode servir de modelo para tratativas semelhantes com outros países

Traders voltaram seu foco para o principal motor do mercado atualmente: as expectativas de que a guerra comercial dos EUA
08 de Maio, 2025 | 11:27 AM

Bloomberg Línea — O Ibovespa (IBOV) opera em forte alta nesta quinta-feira (8).

O principal índice da B3 subia 2,92% por volta das 14h, perto do patamar de 137.300 pontos. Mais cedo, chegou a superar os 137.500, o que representou novo recorde intradiário, de acordo com informações da Bloomberg News.

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O dólar recuava 1,18% e era negociado a R$ 5,68 no mesmo horário.

O S&P 500 subia 1,48%, enquanto Nasdaq Composite avançava perto de 2,00%. O Dow Jones tinha ganhos de 1,52% também por volta das 14h de Brasília.

Investidores operam com maior apetite ao risco após o anúncio de um acordo comercial entre EUA e Reino Unido, que poderia ajudar a aliviar tensões e servir como modelo para as negociações do presidente Donald Trump com outros países.

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Apenas um dia após o Federal Reserve sinalizar que não vê necessidade de cortar juros de forma imediata, dado que a economia americana segue sólida, os traders voltaram seu foco para o principal motor do mercado atualmente: as expectativas relacionadas à guerra comercial dos EUA.

No Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu no fim da tarde desta quarta-feira (7) elevar a taxa básica de juros em 0,50 ponto percentual, para 14,75% ao ano, como esperado pelo mercado.

Além disso, os investidores acompanham os balanços das principais empresas listadas na B3 e que fazem parte do Ibovespa, como o do Bradesco.

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O lucro líquido recorrente do segundo maior banco privado do país (BBDC4) cresceu 39,3% em 12 meses, totalizando R$ 5,9 bilhões, superando o consenso das projeções de analistas de acordo com o terminal da Bloomberg.

Um dos destaques foi o desempenho no segmento de varejo. Entre janeiro e março, os clientes de alta renda responderam por cerca de 60% do faturamento total com cartões, um crescimento de 18% em 12 meses, segundo o resultado financeiro trimestral.

- Com informações da Bloomberg News.

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- Matéria atualizada às 14h com informações do mercado.

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Naiara Albuquerque

Formada em jornalismo pela Fáculdade Cásper Líbero, tem mestrado em Ciências da Comunicação pela Unisinos, e acumula passagens por veículos como Valor Econômico, Capricho, Nexo Jornal e Exame. Na Bloomberg Línea Brasil, é editora-assistente especializada na cobertura de agronegócios.