Ibovespa sobe mais de 1% com inflação dos EUA dentro do esperado; BTG dispara 8%

Ações do banco operam em forte alta após divulgação do resultado do segundo trimestre que veio acima das expectativas dos analistas

Brazil Futures Fall Amid Precatorios Bill Hurdles, More Earnings
12 de Agosto, 2025 | 11:21 AM

Bloomberg Línea — O Ibovespa (IBOV) opera em alta nesta terça-feira (12), acompanhando o movimento de otimismo global após a divulgação de novos dados de inflação dos Estados Unidos.

O principal índice da B3 avançava 1,29% por volta das 11h, aos 137.540 pontos. O movimento afeta também o dólar, que recuava globalmente e, contra o real, caía 0,53%, cotado a R$ 5,42.

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O Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) subiu 0,2% em julho nos EUA. E, em base anual, o índice subiu para 3,1% ante a expectativa que era de 3%.

Os dados dentro do esperado tranquilizaram os investidores sobre as expectativas de cortes de juros por parte do Federal Reserve (Fed, o banco central americano).

A porcentagem de agentes de mercado que espera um corte já para a reunião de setembro subiu de 57,4% no mês passado para 92,2% nesta semana, segundo ferramenta de monitoramento do CME Group.

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Nas bolsas americanas, os principais índices operam em alta. Dow Jones sobe 0,50%, S&P500 tem alta de 0,28% e Nasdaq avança 0,20%. Se fechar nesse patamar, o Nasdaq irá alcançar um novo recorde de preço.

No Brasil, investidores também reagem a dados de inflação, que vieram abaixo do esperado.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu para 0,26% em julho, segundo informações divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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Os dados oficiais mostraram que os preços ao consumidor aceleraram para 5,23% em julho em relação a um ano atrás.

O resultado veio abaixo de todas as previsões em uma pesquisa conduzida pela Bloomberg News que apontava uma mediana de 5,33%.

BTG Pactual (BPAC11) dispara 8%

As ações do BTG Pactual (BPAC11) disparavam 7,55% por volta das 11h desta terça-feira após o banco divulgar seu balanço do segundo trimestre.

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O banco registrou lucro líquido recorde de R$ 4,2 bilhões no segundo trimestre de 2025, um crescimento de 24,2% em relação ao período imediatamente anterior e de 42% em 12 meses.

Em meio a um cenário de juros ainda elevados que têm pressionado o mercado de capitais, o banco expandiu tanto suas receitas, que chegaram a R$ 8,3 bilhões (alta de 38% em 12 meses), quanto sua base de clientes.

O resultado do lucro superou o consenso de estimativas dos analistas (R$ 3,7 bilhões), segundo a Bloomberg News.

O ROAE (Retorno sobre o Patrimônio Médio) alcançou 27,1% no trimestre, diante da performance das diferentes unidades de negócio do banco. No semestre, o indicador ficou em 25,1%, com receitas acumuladas de R$ 15,1 bilhões.

-- Com informações da Bloomberg News

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Beatriz Quesada

Jornalista especializada na cobertura econômica. Formada pela USP, escreve sobre mercados, negócios e setor imobiliário. Tem passagens por Exame, Capital Aberto e BandNews FM.