Ibovespa recua e dólar sobe a R$ 5,12 com cautela externa e Fed no radar

Bolsa brasileira não conseguiu se manter no campo positivo nesta terça-feira (21), em meio a apostas de uma Selic mais elevada em dezembro

Ações recuam nesta terça, em dia de cautela no exterior
21 de Maio, 2024 | 02:27 PM

Bloomberg Línea — O Ibovespa (IBOV) virou para queda nesta terça-feira (21), em uma sessão de cautela no exterior. Os investidores monitoram hoje falas de membros do Federal Reserve, nos Estados Unidos, bem como expectativas de uma Selic mais alta no Brasil.

Por volta das 14h25 (horário de Brasília), o índice tinha queda de 0,24%, negociado aos 127.419 pontos. O dólar, por sua vez, subia 0,30%, a R$ 5,12.

Na pesquisa Focus, do Banco Central, de ontem, as projeções para a taxa básica em dezembro subiram de 9,75% para 10%, junto com nova revisão para cima nas estimativas para o IPCA.

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Economistas e traders têm aumentado as apostas em uma pausa nos cortes da Selic em junho, conforme as expectativas de inflação apresentam deterioração.

No exterior, diversos funcionários de bancos centrais devem falar nesta terça-feira. Mais cedo, Christopher Waller, membro do Fed, disse que precisa ver “mais alguns” meses de bons dados de inflação para iniciar os cortes nas taxas de juros, embora os números recentes sugiram que o progresso provavelmente foi retomado.

Seus comentários foram acompanhados de perto depois que a presidente do Fed de Cleveland, Loretta Mester, sugeriu na segunda-feira haver menos espaço para cortes de taxa de juros do que o esperado anteriormente.

Os investidores aguardam ainda a divulgação da ata da última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) amanhã, bem como o balanço do primeiro trimestre da Nvidia, que liderou o rali em torno da inteligência artificial.

As ações da companhia, que já subiram mais de 90% este ano, avançaram 2,5% em Nova York ontem e levaram o S&P 500 para um novo recorde.

Embora a temporada de resultados tenha sido robusta até agora, um desempenho aquém do esperado por grandes empresas representaria um risco, já que os mercados em máximas históricas “podem estar ficando cada vez mais propensos a uma realização de lucros”, disse à Bloomberg News Emre Akcakmak, gestor da East Capital em Dubai.

-- Atualização das cotações às 14h25 (horário de Brasília)

-- Com informações da Bloomberg News

Mariana d'Ávila

Editora assistente na Bloomberg Línea. Jornalista brasileira formada pela Faculdade Cásper Líbero, especializada em investimentos e finanças pessoais e com passagem pela redação do InfoMoney.