Ibovespa sobe após acordo EUA-Japão e maior apetite ao risco; dólar recua a R$ 5,56

Dia é favorável a risco no exterior após anúncio de acordo entre Estados Unidos e Japão; tarifas contra o Brasil seguem no radar

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Bloomberg Línea — O Ibovespa (IBOV) opera em alta nesta quarta-feira (23) acompanhando o clima global de tomada de risco após o acordo comercial entre Estados Unidos e Japão.

O principal índice da B3 sobe 0,33%, aos 134.480 pontos por volta das 11h10. Já o dólar recua 0,18%, cotado a R$ 5,56.

O acordo com o Japão definiu tarifas de 15% sobre as importações do país, incluindo automóveis – o maior componente do déficit comercial entre os dois países. Os EUA também firmaram um acordo com as Filipinas, estabelecendo uma tarifa de 19% sobre as exportações filipinas.

Os acordos contribuíram no tom positivo dos mercados globais: o S&P500 avança 0,25%.

A expectativa dos investidores é que os países consigam firmar acordos com os EUA antes do prazo limite de 1º de agosto estabelecido pelo presidente norte-americano Donald Trump.

Por outro lado, as tarifas de 50% sobre o Brasil seguem sem resolução no radar. O embaixador Philip Gough, do Brasil criticou o uso crescente de tarifas como ferramenta de coerção política em discurso na Organização Mundial do Comércio (OMC).

“Tarifas arbitrárias, anunciadas e implementadas de forma caótica, estão desestruturando as cadeias globais de valor e correm o risco de lançar a economia mundial em uma espiral de preços altos e estagnação”, disse o embaixador em discurso nesta quarta-feira.

Temporada de balanços

Investidores também estão atentos à temporada de balanços, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos.

Por aqui, a Weg (WEGE3) abriu a temporada de balanços na manhã desta quarta-feira e as ações recuam 4%. O lucro do segundo trimestre da companhia subiu 10,4% em base anual, para R$ 1,59 bilhão, mas ficou 2,8% abaixo do resultado do trimestre anterior.

O saldo veio abaixo do esperado pelo mercado. “A WEG apresentou um resultado fraco, influenciado, principalmente, pela fraca demanda no Brasil e pela desaceleração nos negócios internacionais”, escreveram os analistas da Ativa Investimentos em relatório.

No exterior, a expectativa é pelos balanços das gigantes de tecnologia Alphabet (GOOG) e Tesla (TSLA) divulgam seus resultados na quarta-feira (23) após o fechamento do mercado.

Com informações da Bloomberg News.

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