Bloomberg Línea — O Ibovespa (IBOV) fechou em queda nesta quinta-feira (24), em movimento de correção após a alta de 1% na véspera e com investidores cautelosos com a falta de visibilidade sobre um novo acordo comercial do Brasil com os Estados Unidos, a uma semana do prazo inicialmente imposto por Donald Trump.
O principal índice da B3 caiu 1,15%, aos 133.807 pontos. O dólar, por sua vez, ficou estável, com leve queda de 0,05% a R$ 5,52.

Os holofotes do mundo estão - mais uma vez - nos Estados Unidos com a aproximação do prazo de 1º de agosto, estabelecido pelo presidente americano Donald Trump para impor tarifas a países que exportam aos EUA.
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Após o acordo com o Japão anunciado ontem (23), cresce a expectativa de que Trump esteja mais flexível a negociações para evitar impactos nas empresas e na economia.
A imposição de taxas de 50% aos produtos brasileiros, no entanto, segue sem novidades em termos de negociação. O governo do Brasil segue afirmando que mantém esforço diplomático para reverter as tarifas, mas que a Casa Branca permanece incomunicável e sem responder aos contatos.
À parte da negociação com os EUA, o governo brasileiro iniciou tratativas com o México buscando ampliar os laços comerciais.
Luiz Inácio Lula da Silva, do Brasil, e a presidente do México, Claudia Sheinbaum, conversaram por telefone na quarta-feira (23), de acordo com um comunicado do gabinete do líder brasileiro.
Ambos os governos se preparam para ter que lidar com novas e onerosas taxas de exportação de produtos enviados aos EUA, caso Trump leve adiante suas últimas ameaças tarifárias.
Os dois líderes de esquerda concordaram que o vice-presidente do Brasil, Geraldo Alckmin, viaje para o México em agosto a fim de elaborar um possível acordo.
O pacto poderia abranger o comércio bilateral de produtos farmacêuticos, energia, agricultura e aeroespacial.
Alphabet impulsiona S&P500 e Nasdaq
As ações da Alphabet (GOOG), holding do Google, chegaram a subir mais de 2% na máxima do dia após surpresa positiva com os resultados divulgados na noite da véspera. Os papéis encerraram com ganhos de 0,88%.
A companhia apresentou receita de US$ 96,43 bilhões – acima dos US$ 94 bilhões esperados – e teve lucro líquido por ação de US$ 2,31, contra expectativa de US$ 2,18.
O desempenho da companhia ajudou o S&P 500 e o Nasdaq a alcançarem novos recordes, com alta de 0,07% e 0,18%, respectivamente.
– Com informações da Bloomberg News.
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