Ibovespa oscila com alta de commodities e cautela externa; dólar sobe a R$ 5,13

Investidores seguem repercutindo dados econômicos no Brasil e nos EUA, bem como o início da safra de balanços do 1º trimestre

Trader na NYSE, em Nova York
12 de Abril, 2024 | 10:29 AM

Bloomberg Línea — O Ibovespa (IBOV) oscila nesta sexta-feira (12), em dia de queda para as bolsas globais, com os investidores monitorando balanços corporativos e dados econômicos.

Por volta das 10h30 (horário de Brasília), o índice tinha leve alta de 0,11%, aos 127.536 pontos. A sessão era de ganhos para as blue chips Vale (VALE3) e Petrobras (PETR3; PETR4) em meio à alta de commodities. O dólar, por sua vez, subia 0,67%. a R$ 5,13.

O minério de ferro caminha para sua melhor semana em dois anos, com especulações de que a economia da China pode estar se recuperando, impulsionando as perspectivas de demanda.

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Os futuros em Singapura – que atingiram até US$ 111 por tonelada nesta sexta-feira (12) – sobem quase 13% esta semana, registrando a melhor performance desde março de 2022.

Os investidores estarão atentos na próxima semana para o relatório de produção da Vale, que será divulgado na terça-feira (16).

Já o petróleo tipo Brent subiu acima de US$ 90 o barril, diante das tensões geopolíticas no Oriente Médio.

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Na agenda do dia, destaque para o início da temporada de balanços corporativos do 1º trimestre, com os balanços de grandes bancos como JPMorgan (JPM), Wells Fargo (WFC) e Citigroup (C).

O JPMorgan, por exemplo, registrou lucro líquido de US$ 13,4 bilhões entre janeiro e março deste ano, um crescimento de 6% na comparação anual, impulsionado pela aquisição do First Republic no ano passado, durante a crise bancária regional.

O banco reportou um rendimento líquido de juros, contudo, que ficou ligeiramente aquém das estimativas dos analistas e elevou sua previsão de despesas para o ano.

Nos primeiros três meses de 2024, a empresa teve um ganho de US$ 23,1 bilhões de receita líquida de juros (NII, na sigla em inglês) – que é a diferença entre o que os bancos ganham com seus ativos e o que eles pagam em suas dívidas. O número representa um aumento de 11% em relação ao ano anterior.

Mariana d'Ávila

Editora assistente na Bloomberg Línea. Jornalista brasileira formada pela Faculdade Cásper Líbero, especializada em investimentos e finanças pessoais e com passagem pela redação do InfoMoney.