Bloomberg Línea — O Ibovespa (IBOV) encerrou a semana com a maior sequência de quedas desde julho, enquanto investidores globais avaliavam os dados de emprego dos Estados Unidos divulgados na véspera e as perspectivas de cortes de juros pelo Federal Reserve.
O principal índice da B3 recuou 0,39%, aos 154.770 pontos, na volta do feriado do Dia da Consciência Negra, marcando a quarta queda consecutiva. Na semana, o índice perdeu 1,82%.
Já o dólar comercial seguiu o movimento global de valorização da moeda americana e avançou 1,34%, cotado a R$ 5,40.
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Entre as ações, a Petrobras caiu e foi a maior influência negativa em volume. Os papéis preferenciais da petroleira (PETR4) perderam 0,76%, enquanto os ordinários (PETR3) recuaram 0,86%.
O Bradesco (BBDC4) fechou em queda e também contribuiu para as perdas do dia. Entre os demais bancos, os resultados foram mistos. Itaú Unibanco e Banco do Brasil subiram, enquanto BTG Pactual e Santander Brasil caíram.
A decisão do presidente do Donald Trump de cortar tarifas extras de 40% impostas a produtos brasileiros do agronegócio influenciou para para baixo os preços de commodities agrícolas, o que afetou os papéis do setor.
MBRF (MBRF3), Minerva (BEEF3), SLC Agrícola (SLCE3), Raízen (RAIZ4) e Suzano (SUZB3) tiveram perdas.
Na ponta positiva, a Vale (VALE3) subiu e ajudou a evitar uma queda maior do índice, assim como a Ambev (ABEV3), a Axia (AXIA3), a B3 (B3SA3) e a Sabesp (SBSP3).
Estados Unidos
Em Nova York, os índices se recuperaram após quedas, encerrando uma semana de alta volatilidade, depois de uma onda vendedora abalou ações de empresas de tecnologia e colocou à prova o nervosismo dos investidores.
Cerca de 450 ações do S&P 500 subiram, levando o índice a avançar 0,98%. O Nasdaq Composite subiu 0,88% e o Dow Jones teve ganhos de 1,08%.
A Nvidia recuperou quase toda a queda que chegou a superar 4% mais cedo. A Bloomberg News informou que autoridades dos EUA iniciaram conversas preliminares sobre permitir que a empresa venda seus chips de inteligência artificial H200 para a China.
O mercado também ganhou uma dose de otimismo depois que um dirigente do Federal Reserve sinalizou que um corte de juros ainda é possível.
A semana foi marcada por um retorno forte da volatilidade, com ativos preferidos por investidores de varejo movidos por momentum — como criptomoedas e ações vencedoras da onda de IA — passando por oscilações bruscas.
A falta de clareza sobre a capacidade do Fed de reduzir os juros também abalou os mercados.
Embora traders tenham ampliado as apostas em um corte de juros em dezembro, as autoridades continuam divididas sobre reduzir ou não as taxas. O Bureau of Labor Statistics cancelou o relatório do índice de preços ao consumidor de outubro e divulgará o de novembro em 18 de dezembro.
Apesar da reação positiva das ações, o S&P 500 ainda caminhava para seu pior mês desde março — algo raro, já que novembro costuma ser um período favorável para os mercados de ações. Para alguns traders, o outro lado da moeda é que a correção pode preparar o terreno para um rali de fim de ano.
-- Com informações da Bloomberg News.
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