Bloomberg Línea — O Ibovespa (IBOV) fechou em alta nesta quarta-feira (10), com investidores avaliando o cenário político e a decisão de corte de juros nos Estados Unidos.
No Brasil, a decisão de política monetária foi divulgada após o fechamento do mercado. O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), manteve a taxa Selic em 15% ao ano, como era esperado pelo mercado.
O principal índice da B3 subiu 0,69%, aos 159.075 pontos. O Ibovespa passou boa parte do dia em terreno negativo, mas virou para alta, acompanhando o otimismo dos mercados globais após a decisão de juros do Federal Reserve (Fed, o banco central americano).
O índice ganhou reforço também com os ganhos da Vale (VALE3), ação com maior peso na carteira do Ibovespa. A mineradora subiu 1,83% acompanhando a valorização do minério de ferro.
Também em reação aos preços da commodity, a maior alta do dia foi da CSN (CSNA3), que saltou 6,41% seguida pela alta de 4,06% da Usiminas (USIM5). A lanterna ficou com a C&A (CEAB3), que caiu 3,98%.

Nos EUA, o Fed reduziu a taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual, no terceiro corte consecutivo das taxas desde setembro. Para o próximo ano, o diretores do BC americano sinalizaram apenas um corte ao longo de 2026, em atualização de suas projeções.
Ainda assim, a decisão foi bem recebida, levando o S&P500 a uma alta de 0,67% e o Nasdaq a ganhos de 0,33%. A maior alta entre os índices americanos foi do Dow Jones, que subiu 1,05%.
O dólar perdeu parte da força globalmente após a decisão, mas no Brasil o cenário político segue preocupando e a moeda fechou em alta de 0,62%, cotada a R$ 5,47.
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No front político, o mercado reagiu às movimentações do centrão para tentar influenciar a escolha do candidato da direita às eleições presidenciais de 2026.
Durante a madrugada, a Câmara dos Deputados aprovou o chamado “projeto de lei da dosimetria”, que tem como objetivo reduzir as penas de condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro.
A medida é encarada como tentativa de influenciar a decisão de Flávio Bolsonaro sobre concorrer ou não à Presidência em 2026. Na véspera, Flávio reafirmou sua candidatura dizendo que ela seria “irreversível” – e apenas dois dias após dizer que estava disposto a recuar pela anistia do pai, condenado a 27 anos de prisão por planejar um golpe após sua derrota em 2022.
O nome visto pelo mercado com maiores chances contra Lula em 2026 é o do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas.
-- Com informações da Bloomberg News.
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