Ibovespa fecha em queda com recuo da Vale e sentimento de cautela no exterior

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Bloomberg Línea — As bolsas mundiais encerraram a semana com sentimento de cautela, enquanto os investidores se preparam para as decisões de política monetária nos Estados Unidos e no Brasil na quarta-feira que vem. O Ibovespa (IBOV) fechou em queda de 0,74%, aos 126.742 pontos. O principal índice da bolsa brasileira acumulou perda de 0,26% na semana. Foi o terceiro período consecutivo de queda. Já o dólar (USDBRL) subiu 0,12%, a R$ 4,99, no final das negociações.

No Brasil, as ações da Vale (VALE3) recuaram refletindo os preços internacionais do minério de ferro. A cotação da commodity caiu abaixo dos US$ 100 a tonelada pela primeira vez em sete meses diante da crise imobiliária persistente na China.

A matéria-prima siderúrgica já caiu mais de 30% desde o início de janeiro, à medida que as esperanças de uma retomada significativa na atividade de construção diminuíram. As usinas siderúrgicas com prejuízo estão comprando menos minério de ferro e os estoques estão se acumulando nos portos chineses.

As perdas do dia também foram influenciadas pela queda das empresas do setor de educação. Os papéis da Yduqs (YDUQ3) caíram depois da divulgação do balanço trimestral, afetando também as ações da Cogna (COGN3), grupo educacional concorrente. A empresa reportou lucro líquido ajustado de R$ 12 milhões, considerado em linha com o esperado. O guidance para o lucro líquido no primeiro trimestre foi de R$ 172 milhões a R$ 187 milhões.

Em relatório, analistas do Itaú BBA afirmaram que os resultados foram em linha com as expectativas, mas o aumento de despesas administrativas, comerciais e outras contribuíram para uma pressão sobre as margens da empresa.

As ações da Eletrobras (ELET6) também fecharam em queda, refletindo preocupações de investidores com o processo no Superior Tribunal Federal (STF) que questiona o processo de privatização da companhia.

Em Nova York, os índices tiveram um dia de queda. Investidores aumentaram as apostas de que o Fed pode iniciar os cortes de juros na reunião de julho, enquanto aguardam a divulgação do gráfico de pontos (dot-plot) na reunião da semana que vem. Os diretores do BC americano divulgaram pela última vez previsões trimestrais em dezembro, antecipando três cortes de 0,25 ponto em 2024.

Economistas do JPMorgan Chase mudaram sua previsão para os cortes na taxa de juros do Fed para 75 pontos-base ao longo de todo o ano de 2024. Anteriormente, eles esperavam um total de 125 pontos-base.

Os papéis de maior valorização do Ibovespa foram: