Ibovespa e dólar recuam após dados de inflação dos EUA; Vale cai 3%

Investidores também avaliam recuperação na popularidade do presidente Lula após tarifas impostas por Trump ao Brasil; Vale (VALE3) pressiona índice

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15 de Julho, 2025 | 11:32 AM

Bloomberg Línea — Após seis pregões consecutivos de queda, o Ibovespa (IBOV) volta a cair nesta terça-feira (15), sem conseguir acompanhar o alívio nos mercados internacionais após a divulgação dos dados de inflação nos Estados Unidos.

O principal índice da B3 recua 0,34% por volta das 11h10, aos 134.958 pontos.

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Entre as ações da bolsa, o Ibovespa é pressionado pela queda de 3,23% nas ações da Vale (VALE3), que recuam na contramão da alta do minério de ferro.

Já o dólar devolve parte das altas recentes e recua 0,47% contra o real, cotado a R$ 5,56, acompanhando o clima positivo no exterior.

Nos EUA, as bolsas voltam a subir após uma surpresa positiva na inflação americana. O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) ficou pela quinta vez abaixo do previsto, levantando dúvidas sobre o impacto das tarifas impostas pelo presidente Donald Trump nos preços.

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O núcleo do CPI, que exclui as categorias de alimentos e energia, frequentemente voláteis, aumentou 0,2% em relação a maio. Na comparação anual, avançou 2,9%.

Após a divulgação, o S&P 500 subia 0,15% e Nasdaq 100 avançava 0,62%, impulsionado ainda pelos papéis da Nvidia que subiam 3,66% após a empresa receber autorização para retomar as vendas do chip H20 à China.

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No cenário interno, investidores avaliam os impactos das tarifas de Trump ao Brasil no cenário político.

A maioria dos brasileiros vê a ameaça de impor uma tarifa de 50% como uma intromissão injustificada em assuntos internos e acredita que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva está respondendo adequadamente, de acordo com uma nova pesquisa, conduzida pela AtlasIntel para a Bloomberg News.

Publicada nesta terça-feira (15), a pesquisa constatou que o índice de desaprovação de Lula diminuiu em julho, caindo de 51,8% em junho para 50,3%. Enquanto isso, seu índice de aprovação subiu de 47,3% para 49,7% no mesmo período.

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Com informações da Bloomberg News.

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Beatriz Quesada

Jornalista especializada na cobertura econômica. Formada pela USP, escreve sobre mercados, negócios e setor imobiliário. Tem passagens por Exame, Capital Aberto e BandNews FM.